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Acadêmico une culinária mineira e amazônica na criação de linguiças

Unir as culinárias mineira e amazonense foi o desafio do acadêmico de Gastronomia da Faculdade de Tecnologia Senac Amazonas (Fatese AM), Aldaclécio Aguilar. O capitão do Exército Brasileiro juntou os conhecimentos adquiridos em Minas Gerais com as iguarias do Amazonas e desenvolveu linguiças artesanais que possuem gosto único.

Segundo Aguilar, que é mineiro, o projeto empreendedor “Encontro de Sabores” surgiu em sala de aula e contou com o apoio dos professores da Fatese, que participaram desde a concepção do diferencial do produto até a degustação e avaliação nutricional das linguiças. No entanto, foram os colegas de quartel que davam feedback sobre os sabores.

“Atualmente, eu estou atuando sozinho no projeto, com a assessoria e o apoio dos professores do Senac, nas áreas de alimentação ou gestão, por exemplo. A comercialização tem sido feita devagar, a princípio com amigos do quartel para ver a receptividade do produto e a aceitação tem sido muito boa”, disse.

Conforme o militar, no primeiro momento o projeto buscou a junção de sabores entre a linguiça de porco com sabores da Amazônia. Atualmente, são produzidas linguiças com jambu e tucupi, tucumã com queijo coalho, pimenta murupi com calabresa, queijo manteiga regional e a de pirarucu com alcaparras.

“Além dos sabores com iguarias amazônicas também temos outras tradicionais. A pura com azeitona e outra com alho. Estamos desenvolvendo a de pirarucu com camarão e outras linguiças de carne vermelha, a amazônica quente e a amazônica fria que possui temperos como tucupi, murupi, alho, cheiro verde e recheio de queijo coalho, sendo uma com pimenta e outra sem”, explicou Aguilar.

O empreendedor conta que há uma preocupação em conhecer o valor nutricional de cada produto empregado na concepção das linguiças artesanais bem como no uso de temperos que tornem o alimento saboroso e, ao mesmo tempo, mais saudável.

“Temos aplicado todo aprendizado de sala de aula no projeto. Os nossos temperos são exclusivos, por exemplo, usamos o sal rosa do Himalaia em todas as preparações que é para justamente reduzir o índice de sódio e tornar o produto mais saudável. É uma prioridade usarmos matéria-prima fresca, de boa qualidade e procedência”, conta.

A junção das culinárias chamou a atenção pela proposta inovadora e, claro, pelo sabor diferenciado. O projeto “Encontro de Sabores” do Aguilar vem tomando novas proporções e passou a contar com o apoio da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que será responsável pelo pirarucu usado na composição das linguiças.

“Participei recentemente de um evento da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) na qual tive a oportunidade de apresentar o projeto e foi um momento bem interessante, pois percebi a grande aceitação do público. Tivemos bons comentários só com a apresentação, sem a degustação. Na ocasião também vendi todas as amostras que levei”, finaliza.

O projeto do acadêmico de gastronomia da Faculdade Senac AM também foi classificado para o Prêmio Vire Manaus 2018, que reconhece iniciativas de empreendedores sustentáveis que favoreçam a cidade.

 

 

Fonte – Fecomércio

Foto – Divulgação

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