Associação de Catadores, Prefeitura e Fundação Banco do Brasil lançam projeto que vai beneficiar 50 cooperativas na capital paulista
Objetivo é apoiar a habilitação jurídica de organizações de catadores na cidade de São Paulo
Aconteceu hoje, na cooperativa COOPAMARE, em Pinheiros, a assinatura do Projeto 16. 721 – Fomento do Desenvolvimento de Cooperativas de Catadores de Materiais recicláveis da Cidade de São Paulo, que prevê a inclusão social e geração de renda para 1.130 catadores de materiais recicláveis, por meio da regularização de 50 cooperativas.
A iniciativa é da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), com o patrocínio da Fundação Banco do Brasil, apoio da Amburb e Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo.
O evento contou com a presença dos representantes das Cooperativas, do Gerente Geral da Agência do Governo de São Paulo – Banco do Brasil, Ricardo Bacci Acunha, Secretário do Verde e do Meio Ambiente – Prefeitura de São Paulo, Eduardo de Castro, Presidente da ANCAT, Roberto Rocha, Gerente de Planejamento da Amlurb, Jéssica Moreira e do Secretário da Coopamare e Presidente da Rede Cata Sampa, Eduardo Ferreira de Paula.
Segundo Roberto Rocha, da Ancat, o projeto é de suma importância tanto para o cumprimento de metas da Prefeitura de São Paulo, no que diz respeito a coleta seletiva, quanto para as cooperativas. “O projeto contribuirá para o fortalecimento da nossa categoria, gerando renda aos catadores e catadoras de materiais recicláveis, além de ampliar a coleta seletiva da cidade.”
O Banco do Brasil tem um compromisso com o desenvolvimento social alinhado com as políticas públicas. “O apoio da Fundação Banco do Brasil tem como objetivo mobilizar, gerir ações sustentáveis e transformação social. Este projeto visa a regularização dos catadores organizados em cooperativas para melhorar a renda e a destinação dos resíduos sólidos na cidade de São Paulo”, destacou Ricardo Bacci Acunha.
O Secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo de Castro, se emocionou e contou um pouco sobre a sua trajetória, relembrando momentos da infância marcados pela época em que recolhia materiais recicláveis com a sua família no bairro de Santana. “Este momento me traz algumas lembranças e tem uma grande relevância para a cidade de São Paulo, somos privilegiados por ter profissionais como vocês, catadores e catadoras”, ressaltou.
O presidente da COOPAMARE, Eduardo Ferreira, agradeceu a presença de todos e frisou que este é um novo momento para os cooperados. “Este projeto vai mudar a nossa realidade para que possamos participar de forma organizada da coleta seletiva de São Paulo”, destacou.
Atualmente somente 28 cooperativas atendem as exigências da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana). Com a legalização, a expectativa é aumentar a taxa de reciclagem, hoje em torno de 300 toneladas ao dia.
A exposição fotográfica EU CATADOR – O OLHAR DOS CATADORES SOBRE O COTIDIANO DO TRABALHO – traz imagens tiradas pelos trabalhadores do Aterro Controlado do Jóquei Club, o lixão da Estrutural (DF), a partir de seus celulares.
A mostra apresenta a realidade e cotidiano dos catadores do maior lixão a céu aberto da América Latina. Um retrato sensível do mundo real de milhares de profissionais que ressignificam a cadeia da reciclagem por meio do trabalho e sobrevivem à margem do sistema com as sobras da modernidade.
Mais de 5 mil pessoas já viram as obras, expostas em locais como: Supremo Tribunal Federal (STF), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Galeria A Casa da Luz Vermelha (Kazuo Okubo), Universidade de Brasília (UnB), além do Encontro Nacional do Cataforte, em São Paulo.
De 11 a 13 de dezembro, a exposição fotográfica estará presente na 8ª edição da Expocatadores 2017 – evento anual que fomenta o debate, a participação, o aprendizado e a troca de experiências sobre resíduos sólidos e educação ambiental no Brasil.
Para Isabela Coelho, idealizadora da mostra fotográfica, este trabalho é o retrato de “milhares de pessoas tidas como invisíveis para a sociedade, que transformam lixo em matéria prima e geram renda a inúmeras famílias no Distrito Federal”
Fonte – Ascom