Bancos assinam acordo com Polícia Federal para fortalecer combate a fraude

Variedades

O combate às fraudes bancárias eletrônicas (cartão de débito, cartão de crédito, internet banking,
call center e boletos) cometidas por organizações criminosas deve ganhar novo impulso com a
renovação do acordo de cooperação técnica assinada nesta segunda-feira (26/02) entre os principais
bancos do País, a Polícia Federal, e a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, em São Paulo.

O acordo, que agora terá envolvimento direto dos bancos, permitirá compartilhar informações e as
mais recentes tecnologias no combate aos crimes eletrônicos, para garantir a segurança das
transações financeiras realizadas de forma eletrônica pelos clientes no setor bancário. O termo de
cooperação prevê, ainda, o desenvolvimento de estudos técnicos e profissionais, bem como a
elaboração e produção de documentos de segurança para uso nas atividades de inteligência.

“Além de investir em sistemas de tecnologia da informação para segurança, os bancos brasileiros têm
como prática atuar em estreita parceria com governos, polícias e com o Poder Judiciário, para
combater crimes trocando informações e propondo novos padrões de proteção”, afirma Murilo Portugal, presidente da FEBRABAN.

“Este evento consolida a execução deste acordo, operacionalizando o combate aos crimes cibernéticos
em fraudes bancárias, buscando beneficiar os cidadãos de todo o País”, afirma Fernando Segóvia,
diretor-geral da Polícia Federal. Ele informa que os trabalhos já terão início no próximo dia 13 de
março na unidade de repressão dos crimes cibernéticos em Brasília.

No total, 14 bancos assinaram o acordo: Banco Agiplan, Banco do Brasil, BRB – Banco de Brasília,
Basa – Banco da Amazonia, Banrisul, Banese, Banco Neon, Bradesco, Banco Inter, Banestes, Itaú
Unibanco, Original, Santander e Sicredi.

Renovação

O convênio regulamenta os procedimentos dos bancos para comunicar, à Polícia Federal, suspeitas ou
confirmação de práticas de ilícitos penais. Ele também trata do compartilhamento de informações
sobre movimentação de recursos financeiros relacionados a crimes contra instituições financeiras.

Um primeiro acordo foi assinado em 2009 entre o sistema financeiro e a Polícia Federal. Com o termo
assinado hoje, deve aumentar o número de instituições financeiras fornecedoras de informações
importantes e privilegiando, dessa forma, as ações de inteligência e de tecnologia, imprescindíveis
no combate às fraudes bancárias.

Para a FEBRABAN e a Polícia Federal, o envio de informações irá agilizar a comunicação sobre a
prática de fraudes eletrônicas em contas de depósitos mantidas pelos bancos. Com o acordo, a
investigação policial poderá contar com mais condições de identificar organizações criminosas,
conhecer melhor o modus operandi das quadrilhas e desenvolver novas técnicas e tecnologias de
prevenção e repressão a esses tipos de crimes.

“A tecnologia bancária avançou muito. Antes a troca de informações era pautada por documentos,
papéis e relatórios. Hoje, trabalhamos com sistema interligados, repassando automaticamente para a
PF com detalhes importantes da investigação”, afirma Adriano Volpini, diretor adjunto da Comissão
de Prevenção a Lavagem de Dinheiro da FEBRABAN.

Outro avanço desse convênio é a disponibilização de equipe da FEBRABAN e dos bancos, em conjunto
com a Polícia Federal para se entender dinâmica do crime nas transações bancárias. Dessa forma,
fecha-se o círculo (bancos, PF e FEBRABAN) que possibilitará identificar os fraudadores com maior
rapidez e dessa forma reprimir o crime organizado por meio das ações do Serviço de Repressão ao
Crime Cibernético da Policia Federal – SRCC-PF, afirma o executivo.

O diretor ressaltou que a segurança para a realização das operações financeiras é uma das
preocupações centrais dos bancos brasileiros. O setor bancário destina cerca de 10% dos
investimentos anuais em tecnologia da informação, cerca de R$ 2 bilhões, em ferramentas destinadas
a evitar possíveis tentativas de fraudes, além de garantir a confidencialidade dos dados dos
clientes e a eficiência no uso dos canais eletrônicos.

Fonte – Febraban

Deixe um comentário