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Cerca de R$ 160 mil é o que deve gerar rodada de negócios para artesãos indígenas do Alto Solimões

O município de Benjamin Constant no interior do Amazonas, recebe no próximo dia 28 deste mês, um grupo de 12 empresários oriundos das regiões Sudeste e Nordeste do País interessados em conhecer a cultura indígena local e comprar produtos artesanais em média e grande escala para serem revendidos em suas lojas. Trata-se da Rodada de Negócios de Artesanato no Alto Solimões, uma iniciativa do Sebrae no Amazonas e que tem por objetivo a abertura de novos mercados de comercialização pelo Brasil para a produção artesanal do Estado.

Ao todo, de acordo com a coordenadora da atividade, analista técnica do Sebrae/AM, Lílian Simões, cerca de 60 indígenas de várias etnias, entre as quais matis, morubos, ticunas e baniwas, estarão frente a frente com os empresários para fazer negócios imediatos e futuros.

“De um lado temos os empresários ávidos para conhecer nossa realidade e se aprofundarem nos processos milenares e culturais de fabricação do artesanato; de outro, temos os indígenas ainda muito pouco habituados a fazer negócios diretamente com empresas de médio e grande porte. Nosso papel é articular e promover a aproximação desses dois públicos”, enfatiza Lílian.

Ainda de acordo com ela, a expectativa é a de que a Rodada gere um total de R$ 160 mil em negócios imediatos. Os empresários chegam na região do Alto Solimões no dia 26 e no dia seguinte deverão visitar ateliês e locais de produção artesanal, a fim de vivenciar a realidade dos artesãos.

Proprietária de duas lojas especializada em arte indígena e popular na cidade de Parati (RJ), Nina Prado, que vai estar na comitiva de 12 empresários, destaque que seu objetivo é adquirir peças autênticas que possuam características diferenciadas de cada etnia. “Eu vou em busca de originalidade e autenticidade e, claro, ampliar minha rede de fornecedores. Já trabalho com peças amazônicas, porém nunca tive a oportunidade de conhecer de perto. Para mim, será uma experiência única”, ressalta.

O grupo de empresários é oriundo dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas. Para a diretora-superintendente do Sebrae no Amazonas, Lamisse Cavalcanti, a iniciativa é uma forma de fortalecer a produção indígena e criar uma cultura de negócios para o pequeno artesão, mostrando as diversas oportunidades de crescimento da atividade. “É como se estivéssemos incentivando um turismo de negócios, valorizando nossa cultura, o pequeno artesão, e ao mesmo tempo incentivando o empreendedorismo no interior do Amazonas”, destaca. A Rodada de Negócios de Artesanato no Alto Solimões conta com o apoio da Fundação Estadual Indígenas (FEI).
Rodada de Negócio também acontece em Manaus

No dia 1º de abril, no Parque do Mindu é a vez dos artesão indígenas do entorno de Manaus, de Novo Airão (a 195 quilômetros de Manaus) e Rio Preto da Eva (cerca de 79 quilômetros da capital) mostrarem suas produções aos empresários. Será a segunda edição da Rodada de Negócios do Artesanato, mas desta vez será realizada na capital.

Segundo informa Lília Simões o apoio do Sebrae ao artesanato indígena do Amazonas não é apenas para a Região do Alto Solimões, mas para todo o Estado e é realizado por meio do projeto Brasil Original, através do qual o Sebrae em todo o País busca promover e fortalecer a cadeia produtiva do artesanato.

No Amazonas, segundo estimativas, mais de 200 artesãos são beneficiados com ações que incluam treinamento em modernas técnicas de fabricação e acabamento, design, palestras sobre empreendedorismo, orientação para financiamento, participação em feiras, entre outras atividades.

 

 

Fonte – Sebrae/Am

Foto – Divulgação

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