Desde a popularização dos cartões de crédito e débito no país, o uso dos cheques já não estaca sendo tão popular aqui no Brasil. Inclusive, com a chegada recente do pix, a forma de pagamento deixou de ser relevante, embora continue resistindo à ação do tempo.
Uso dos cheques mingua com o tempo
De acordo com a Federação dos Bancos (Febraban), a compensação dos talões de cheque caiu em 93,4% desde o ano de 1995, momento em que a contagem começou a ser realizada. Ainda assim, muitas pessoas não abandonaram totalmente o uso dessa forma de pagamento.
Há consumidores que preferem utilizá-la para comprar serviços ou produtos que custem valores mais altos, por exemplo. Isso porque, diferente do cartão, as compras a prazo no cheque não geral juros mais altos. Além disso, muitas pessoas ainda recebem seu pagamento através dos cheques, especialmente se tratando do público mais velho. Muitas pessoas mais idosas não conseguem utilizar o pix, por exemplo, pois não sabem usar celular.
Pix se torna o favorito entre os brasileiros
Ainda conforme a Febraban, com o avanço dos meios de pagamento digitais, a utilização dos cheques está cada vez menor. Para se ter ideia, no começo de 2022, a quantidade de cheques compensados no país chegou a 103,9 milhões, representando uma queda de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado, em que houve 120,6 milhões.
Apesar de o número parecer grande, em comparação com o número de transações do pix, parece insignificante: no mesmo período, foram mais de 9,74 bilhões, o que gerou uma quantidade total de R$ 4,66 trilhões movimentados através da forma digital de pagamentos.
Conforme o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, os clientes de banco têm optado por formas distintas de pagamento, pincipalmente as da esfera digital, que é responsável por aproximadamente 70% das operações bancárias no Brasil.
Embora tenha surgido há apenas dois anos, o pix já se tornou uma das formas de pagamento favoritas entre os brasileiros devido à sua praticidade e rapidez, bem como o fato de o valor ser transferido no mesmo momento e não haver nenhum tipo de cobrança pela transação. Ou seja, é a maneira perfeita de pagar por produtos e serviços, atualmente.
Transações à vista superam até mesmo o dinheiro físico
Por fim, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil — Serviço de Proteção ao Crédito (CNDL) em parceria com o Sebrae, atualmente, 98% dos consumidores passou a realizar compras à vista, sendo que 88% dessas transações são realizadas via pix.
Em segundo lugar, a forma mais utilizada é o débito, com 78%, e, por último, o dinheiro físico, que aparece com 72% das utilizações. Desde a última pesquisa, houve um aumento de 70% no uso do pix e 66% no uso do cartão de débito.
Fonte – Pronatec
Foto – Divulgação