Ciência e Tecnologia

Ciência busca soluções conjuntas para a degradação florestal na Amazônia

A degradação florestal atinge mais de um terço da floresta amazônica e afeta o meio ambiente, a economia e as pessoas da região. Para debater o problema e buscar soluções conjuntas, cientistas, gestores públicos, representantes de povos e comunidades tradicionais, produtores rurais e profissionais de diferentes áreas estarão reunidos no próximo dia 13 de março, em Belém-PA. O evento “Degradação das florestas amazônicas: um diálogo entre ciência e sociedade em busca de soluções” será realizado no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi (Av. Perimetral, 1901), de 8h às 17h30. As inscrições para participação presencial estão encerradas, porém o evento terá transmissão on-line aberta pelo canal do Museu Goeldi no Youtube.

De acordo com um dos mais recentes estudos realizado por instituições de pesquisa nacionais e internacionais, o fogo, a extração ilegal de madeira e o efeito de borda da agricultura, causados pela ação humana, estão entre os principais fatores de degradação da floresta. Esses fatores já comprometem mais de um terço (38%) de toda a cobertura florestal que ainda resta na Amazônia. Diferente do desmatamento, onde a vegetação é suprimida e a floresta deixa de ser floresta, na degradação a vegetação permanece na área, mas em diferentes estágios de degeneração, com perda de biodiversidade e impacto negativo na provisão dos serviços ambientais

Além dos impactos sobre o clima, como a emissão de gases de efeito estufa, e o comprometimento dos serviços ambientais prestados pela floresta, a degradação tem efeitos negativos na economia e na qualidade de vida das populações amazônicas. “A degradação impacta na relação que as populações têm com a floresta, na qualidade de vida, migração, educação, saúde pública e identidade cultural”, afirma Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, uma das instituições organizadoras do evento.

O debate busca ampliar o conhecimento da sociedade sobre a degradação florestal como um problema sistêmico, compartilhar experiências exitosas e ainda buscar soluções conjuntas com o poder público, povos e comunidades tradicionais, ciência e segmento produtivo.

O evento é realizado por um pool de instituições governamentais e não-governamentais, como Embrapa Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade de Lancaster (Reino Unido), Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Woodwell Climate Research Center, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e Governo do Estado do Pará.

 

 

Fonte – Ascom

Foto – Divulgação

 

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