Levar o cinema da Amazônia para Curitiba, assim como mostrar aos manauaras o cinema paranaense é a proposta do “Cine Conexões dos Extremos”. A mostra independente, contemplada no edital emergencial da Fundação Manauscult por meio da Lei Aldir Blanc, propõe um intercâmbio de filmes entre Manaus (AM) e Curitiba (PR) em sua primeira edição.
Em cartaz de 10 a 16 de dezembro, o “Cine Conexões dos Extremos” terá, em cada cidade, uma sessão com um longa e outra formada por curtas-metragens da capital intercambista, com uma live de encerramento com os diretores dos longas-metragens. O objetivo da mostra é aproximar cidades brasileiras distantes territorialmente através do cinema, bem como valorizar produções de realizadores regionais e promover uma troca entre público e cineastas.
“Somos um país continental e multicultural, onde cada região tem suas peculiaridades que, muitas vezes, não estão representadas no cinema brasileiro. A ideia é mostrar um ‘olhar de dentro’, a partir dos cineastas regionais, para uma plateia distante, mas que é do mesmo país”, destaca a coordenadora do projeto Lídia Ferreira.
Em Curitiba (PR), os filmes amazonenses ficarão em cartaz de 10 a 16 de dezembro, na plataforma virtual do Cine Passeio (http://www.cinepasseio.org/). O longa-metragem a ser exibido é o documentário “Tudo por amor ao cinema” de Aurélio Michiles. O filme conta a história de Cosme Alves Netto, mais conhecido como “Cosme da Cinemateca”, um amazonense que lutou pela divulgação e preservação do cinema brasileiro e latino-americano entre as décadas de 1950 e 1980.
Entre os curtas-metragens da mostra, estão “O Barco e o Rio”, de Bernardo Ale Abinader, ganhador de 5 Kikitos no 48º Festival de Cinema de Gramado e “A Última Balada de El Manchez”, de Leonardo Mancini, selecionado para o Anima Mundi 2017. A curadoria dos filmes amazonenses foi realizada pelo jornalista e crítico de cinema Caio Pimenta, do Cine Set.
Já em Manaus (AM), os filmes curitibanos serão exibidos no Casarão de Ideias, nos dias 14 e 15 de dezembro. A programação conta com o longa-metragem “A Grande Nuvem Cinza”, de Marcelo Munhoz, e os curtas-metragens “Ainda ontem”, de Jessica Candal, “O estacionamento”, de William Biagioli e “ A mulher que sou”, de Nathália Tereza, vencedor do Prêmio de Melhor Atriz, no Festival de Cinema de Gramado
A curadoria é assinada por Kariny Martins e Eduardo Baggio, membros do Cineclube Cerejeira, ligado à Universidade do Estado do Paraná (Unespar).
As atividades da mostra são gratuitas. O “Cine Conexões dos Extremos” foi contemplado com o Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020, da Fundação Manauscult. O edital de cultura emergencial é referente a Lei Aldir Blanc ( Lei nº 14.017/2020), regulamentada na esfera federal, por meio do Decreto nº 10.464/2020, e municipal, por meio do Decreto nº 4.923/2020.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação