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COVID-19: Coops da Itália se destacam

A Itália é um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. O país, que teve o primeiro caso da doença registrado em 20 de fevereiro, já soma mais de 170 mil infectados e 23 mil mortes decorrentes de complicações causadas pela covid-19. Apesar isso, é reconhecida internacionalmente pelo forte movimento cooperativista e o país tem visto suas cooperativas tomarem frente na luta para aliviar os impactos socioeconômicos causados pelo vírus.

O país europeu conta com aproximadamente 40 mil cooperativas ativas, que congregam 12 milhões de membros, e geram 1,1 milhão de empregos diretos, movimentando 150 bilhões de euros por ano, 2% do PIB italiano, oitavo maior do mundo.

Este cenário de prosperidade e crescimento contínuo foi surpreendido pela pandemia do novo coronavírus e a Legacoop, uma das federações de cooperativas da Itália, estima a redução de 265 mil postos de trabalho em coops.

Por outro lado, as cooperativas têm se voluntariado para reduzir o flagelo das comunidades. Os empreendimentos cooperativistas têm sido parceiros dos governos locais nos esforços de contenção da expansão da doença no país. Por todo o país, as cooperativas têm posto em prática o sétimo princípio cooperativista: o interesse pela comunidade.

As cooperativas de taxistas, por exemplo, estão transportando gratuitamente pessoas com mais de 65 anos;

As cooperativas de consumo são muito fortes e consolidadas na Itália, consolidando 34% do mercado local. Para enfrentar a crise, os empreendimentos estão possibilitando entregas gratuitas a idosos.

As cooperativas de educação de Bolonha, situadas em uma das regiões mais afetadas pela pandemia, a Emiglia Romana, estão transmitindo suas aulas online e possibilitando a continuidade do ano letivo.

No enfrentamento à crise, as cooperativas de grande faturamento estão fazendo grandes doações ao sistema público de saúde da Itália. A Unipol, uma grande cooperativa de seguros, doou 20 milhões de euros. A Conad, grande empreendimento do setor de consumo, doou 3 milhões. Já a CPL, uma grande cooperativa de eletrificação, está oferecendo acomodação para médicos e profissionais de saúde que enfrentam de frente a pandemia.

Para Onofre Filho, presidente do Sistema OCB/MT e representante do cooperativismo brasileiro junto ao Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional, “as cooperativas italianas mostram, mais uma vez, o diferencial de seu modelo econômico centrado nas pessoas. Somos um modelo de negócios iniciado há quase 200 anos, mas que tem se mostrado inovador no enfrentamento das grandes adversidades enfrentadas pela humanidade.”

 

Fonte – Paraná Cooperativo

Foto – Divulgação

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