Segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), órgão de saúde dos Estados Unidos, uma em cada 36 crianças é diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) – um aumento significativo em comparação com o ano de 2000, quando esse índice era de uma em cada 150 crianças. Os números norte-americanos fornecem um panorama sobre o tema, uma vez que ainda não há um estudo brasileiro sobre TEA.
O aumento dos diagnósticos de TEA destaca a necessidade de uma educação mais inclusiva, que atenda todos os alunos. Nesse contexto, a norma ISO (International Organization for Standardization) 21001 implementa dentro das instituições de ensino, sejam públicas ou privadas, um sistema de gestão que tem como um de seus requisitos a presença de educadores e profissionais capacitados para lidar com pessoas com deficiência (PCD).
“Um ambiente escolar preparado e com profissionais qualificados auxilia, inclusive, nos diagnósticos. A ISO 21001 também permite a personalização da abordagem educacional, garantindo que o ambiente seja verdadeiramente inclusivo”, explica Rosemary Vianna, vice-presidente de Sistemas e Pessoas da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).
Uma organização educacional certificada com essa norma deve incentivar o envolvimento das famílias na gestão escolar, além de implementar o ciclo PDCA – Plan, Do, Check, Act, em português: planejar, fazer, verificar e agir, que estabelece um processo de melhoria contínua voltado para a satisfação dos alunos.
“O processo de certificação é iniciado com a solicitação da organização para uma entidade certificadora, envio de documentos e realização de auditorias. Não apenas uma maneira de se destacar no mercado e de seguir as legislações vigentes, a conformidade com essa norma influencia diretamente no futuro educacional do país”, conclui Rosemary Vianna.
ISO 21001 e a LBI
A ISO 21001 possui pontos em comum com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) nº 13.146, em vigor desde 2016, que tem como objetivo assegurar e promover direitos, liberdades fundamentais, inclusão social e cidadania de pessoas com deficiência. Assim como a norma, a LBI enfatiza a necessidade de disponibilidade de professores para o atendimento de alunos com deficiência, bem como de recursos de acessibilidade e tecnologia assistida.
Fonte – Ascom
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