No Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho, governos e organizações ao redor do mundo se unem em uma missão conjunta para combater as hepatites B e C, doenças que afetam milhões de pessoas globalmente. As hepatites virais são uma grave preocupação de saúde pública e estão inseridas nas metas das Nações Unidas, presentes na Agenda 2030, que engloba um conjunto de ações para alcançar objetivos em 17 áreas distintas.
No Brasil, o Ministério da Saúde tem destacado a importância da intensificação das ações de vigilância, prevenção e controle dessas doenças, visando reduzir significativamente a mortalidade relacionada às hepatites. O país assumiu o compromisso de eliminar as hepatites B e C até 2030, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e à Estratégia Global do Setor da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A conscientização da população é um dos principais focos, especialmente em relação à importância da realização regular de testes, já que as hepatites B e C muitas vezes não apresentam sintomas, fazendo com que muitas pessoas vivam com o vírus sem sequer saberem. A doença acomete, na maioria das vezes, indivíduos com mais de 40 anos, em situação de rua, usuários de álcool e outras drogas, além daqueles que têm comportamento sexual de risco.
A infectologista Dra. Flávia Carvalho, da Hapvida NotreDame Intermédica, afirma que as hepatites virais podem se manifestar de forma aguda ou crônica. Na fase aguda, os sintomas podem incluir febre, fadiga, náuseas, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados (icterícia). Já a forma crônica pode não apresentar sintomas por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico precoce.
É muito comum no Amazonas, a hepatite A ser transmitida por água contaminada, revelando, muitas vezes, a falta de saneamento básico dos municípios. Já as hepatites B e C podem ser transmitidas por meio do contato com sangue ou fluidos corporais contaminados, relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas, da mãe para o filho durante a gravidez ou parto.
“O diagnóstico dos tipos B e C é feito, de forma simples, por meio dos testes rápidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) tendo o resultado na hora. Se o teste rápido for positivo, deve-se procurar atendimento especializado para confirmar e realizar acompanhamento e tratamento. É fundamental que as pessoas façam esses testes regulares, especialmente aquelas com fatores de risco, para identificar a infecção”, explica Flávia.
O tratamento varia de acordo com o tipo do vírus e a fase da doença. Alguns casos podem necessitar apenas de repouso e acompanhamento médico, enquanto outros exigem medicações antivirais específicas. Pacientes com hepatites virais, especialmente aqueles com formas crônicas, devem adotar hábitos de vida saudáveis, evitar o consumo de álcool e seguir rigorosamente as orientações médicas.
Fonte – Ascom
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