Em abril todos os municípios de Rondônia poderão legalizar empresas, prevê o presidente da Junta Comercial
Para abrir uma empresa em Costa Marques, o comerciante precisava viajar até Rolim de Moura ou São
Miguel do Guaporé, a duzentos quilômetros de distância; o de Machadinho do Oeste percorria quase
isso, rumo a Ariquemes ou Jaru.
“Dificuldades de acesso eram injustificáveis para o comércio crescer. Atualmente é o Estado que tem
que descer ao cidadão e tratá-lo de Sua Excelência, pois é ele quem gera empregos, paga impostos e
sustenta a nossa economia”, afirmou o presidente da Junta Comercial de Rondônia (Jucer), Vladmir
Oliani.
Parcerias com prefeituras municipais fazem funcionar melhor e dentro da modernidade unidades de
atendimento da Junta Comercial de Rondônia no interior do estado.
O presidente estimou a entrega de mais 28 unidades municipais até abril próximo. “Vamos inteirar
100% de cobertura e passaremos a ser o primeiro estado brasileiro a ter junta comercial atuante em
todos os municípios”, ele prevê.
Conforme Oliani, essa melhoria coincidiu com a Operação Teixeirão, quando o setor comercial também
foi beneficiado.
Somente na sede da Avenida Pinheiro Machado, em Porto Velho, a Jucer totalizou 21 mil atendimentos
em 2017, três mil a mais do que no ano anterior, quando alcançou 18 mil.
No biênio 2016-2017 Rondônia tinha 63,1 mil estabelecimentos comerciais e atualmente 63,9 mil,
obtendo 1,26% de crescimento. Os serviços passaram de 53,8 mil para 60,2 mil, no percentual de
1,38%. A indústria havia registrado 8,7 mil empresas, passando a 9,5 mil, com incremento de 1,09%.
O agronegócio tinha 3.113, chegando a 3.399, com 0,89%. E o setor financeiro abriu 1,5 mil
negócios, alcançando 1,6 mil, no percentual de 1,20%.
A MAIS ÁGIL
Atualmente, processos e certidões são expedidos pela Junta Digital. O número de empresas cresce, no
comparativo com anos anteriores. Dois anos atrás, a ferramenta denominada Empresa Fácil facilitou a
integração dos 52 municípios com cinco órgãos governamentais.
Com o projeto da Infovia Rondônia, a Jucer passou a ser referência na prestação de serviços
públicos.
Atualmente, a Receita Federal organiza o ranking das juntas comerciais mais ágeis, e a de Rondônia
ganha disparado.
Além de 11 escritórios regionais, a Jucer atende regiões longínquas e até há pouco tempo isoladas
do sistema comercial do estado.
EMPREENDEDOR ALIADO
No Google Maps, a Jucer ocupa o primeiro lugar entre todas as juntas estaduais na avaliação do grau
de satisfação, obtendo 4,4 estrelas. “Este é o termômetro da melhor prestação de serviços”,
comentou o secretário geral Roger Ribeiro.
Isso, segundo ele, reflete os cuidados na desburocratização: se em São Paulo o comerciante espera
mais de cem dias para ser autorizado a abrir as portas de seu estabelecimento, em Rondônia esse
prazo pode levar até dez minutos.
“A diferença implica considerar que lá o poder público chega a ser visto como inimigo, porque
aplica multas excessivas e pune o empreendedor, enquanto aqui, ele é nosso grande aliado”,
orgulha-se o presidente Oliani.
Ele atribui ao governador Confúcio Moura e ao vice, Daniel Pereira, o êxito da Jucer: “são
municipalistas e pensam firmemente no desencastelamento do Estado para melhorar a situação do
contribuinte”, referindo-se à desburocratização”.
DO COMÉRCIO VAREJISTA À CARGA TRANSPORTADA
Os negócios são diversificados. Artigos do vestuário e acessórios perfazem 10,2 mil
estabelecimentos, seguidos do comércio varejista de mercadorias em geral [minimercados, mercearias
e armazéns], com 5,6 mil.
Atividades de associações de defesa de direitos sociais vêm se destacando, revela relatório
atualizado em 27 de fevereiro: são 4,9 mil, pouco mais do número de cabeleireiros, 3,9 mil.
Outro setor em crescimento: casas de chá, sucos e similares, e lanchonetes: 3,6 mil, superando o
número de restaurantes: 2,9 mil.
Na sequência, o transporte rodoviário de cargas [exceto produtos perigosos e mudanças]
intermunicipal, interestadual e internacional: 2,1 mil; obras de alvenaria (2,08 mil), comércio
varejista de bebidas (1,8 mil), e construção de edifícios (1,8 mil).
Fonte – Folha Nobre