Entre os dias 23 e 25 de abril de 2025, a Embrapa Amazônia Ocidental realizará três cursos voltados para agricultores familiares sobre o “Sisteminha: tecnologia social de produção de alimentos autossustentável”. A iniciativa busca capacitar os participantes na criação de peixes em tanques como uma forma sustentável de produção de alimentos, garantindo segurança alimentar e promovendo geração de renda com a comercialização do excedente. Os cursos abordarão a apresentação do Sisteminha como tecnologia social; montagem de sistemas e aperfeiçoamento dos módulos de sedimentação e aeração; aproveitamento de resíduos e subprodutos orgânicos dos tanques; avaliação da viabilidade do uso de peixes.
A atividade é uma realização da Embrapa Amazônia Ocidental, coordenada pelo pesquisador Lindomar Silva, da Embrapa Amazônia Oriental, em projeto com apoio da organização indígena Copime, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O instrutor dos cursos será o pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Cocais, um dos autores do desenvolvimento dessa tecnologia. A implantação dos sisteminhas no Amazonas conta com apoio da equipe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Ocidental.
O pesquisador Lindomar Silva explica que a Embrapa tem fortalecido, nos últimos anos, ações de inovação social voltadas para comunidades vulneráveis no Amazonas, especialmente comunidades indígenas, ribeirinhas e de pequenos agricultores. Essas iniciativas têm como foco principal a inclusão produtiva e a promoção da segurança alimentar. Entre as ações em desenvolvimento, destaca-se a implementação do Sisteminha, um módulo integrado de criação de peixes associado à produção de hortaliças.
Nesse contexto, já foram construídos três tanques no Amazonas: dois em comunidades indígenas — na comunidade Karuara, localizada no bairro Jorge Teixeira, em Manaus, e na comunidade Tururukari-uka, no lago do Ubim, em Manacapuru — e um na Paróquia São Francisco, no bairro São Francisco, em Manaus. “Este último funciona como uma “horta-mãe”, para se tornar um modelo replicável em outras comunidades urbanas, contribuindo para a produção local de proteínas e a geração de renda”, explica o pesquisador Lindomar Silva.
Fonte – Ascom
Foto – Flávia Bessa
