O Seprorgs realizou mais uma edição do Grupo de Gestão de Pessoas, evento voltado a tratar de temas sobre gestão de recursos humanos e liderança empresarial. Na ocasião mais recente, a palestra foi conduzida pela consultora em desenvolvimento de carreira e de pessoas, psicóloga e professora da PUCRS, Jaqueline Mânica, que falou aos associados da entidade e demais presentes sobre o tema “Carreira: os desafios do mercado e a gestão da marca pessoal”.
O evento, que ocorreu no formato online, também com a presença do presidente do Seprorgs, Rafael Krug, e do diretor Roberto Mazzilli, coordenador do GGP.
Segundo a palestrante, o trabalho é uma categoria fundamental na construção da condição humana, além de construir e expressar o indivíduo na sociedade. “Pensamento crítico, foco em inovação, aprendizagem ativa, criatividade, originalidade, seres detentores de conhecimentos em design e programação de tecnologia, bem como soluções de problemas complexos, lideram a lista definida por algumas lideranças econômicas mundiais como itens essenciais para as habilidades profissionais do novo mercado. Além disso, capacidade de liderar, influência social e inteligência emocional também estão entre essas características”, explicou Jaqueline.
Ainda de acordo com ela, pessoas com olhar focado na solução e nas virtudes, tanto suas como das equipes de que fazem parte, tendem a se sair melhor no mercado de trabalho. Para comprovar a tese, a palestrante trouxe dados: “É muito preocupante saber que 80% dos brasileiros não têm inteligência emocional. Esse número, aliás, justifica o próximo dado que mostrarei agora: 87% das demissões são comportamentais”, ressaltou a consultora.
A especialista alertou, ainda, para a importância do otimismo. Segundo Jaqueline, 75% do sucesso profissional tem a ver com uma resposta positiva aos problemas. “Aquelas pessoas que não olham somente para o gargalo da empresa, mas para a solução, são mais produtivas”, acrescenta.
Para a palestrante, um ponto relevante para se manter em movimento no mercado é compreender que o cenário mudou. “Não falamos mais em empregos, mas em carreiras. Isso está claro na definição de carreira Proteana, por exemplo, que instiga a necessidade de sermos mais camaleões”, afirmou ela. “Proteu foi um deus da mitologia grega com talento para mudar de forma sempre que quisesse. Essa figura deu nome ao modelo Proteano, que permite às pessoas gerenciarem as suas próprias vidas profissionais, uma espécie de metamorfose”, complementou.
Segundo Jaqueline, para melhorar como profissional no atual mercado, é preciso fazer a si mesmo uma série de perguntas, tais como: qual é a minha escolha? Se desejo me desenvolver em meio aos gigantes, o que preciso ser e fazer para estar nesse lugar? Como devo adquirir conhecimento? Como estou conduzindo meu networking?
Para a especialista, entender que o momento requer maturidade e que as relações se transformaram é essencial. “Se você é um profissional de 60, 70 anos, deve se atualizar não apenas na sua área de atuação, mas na comunicação e nas práticas de colaboração. Não adianta colocar um pufe colorido na sua empresa e não ter personalidade para atuar nesse cenário”, alertou.
Como dica para que os papéis sejam bem desempenhados, a consultora aconselha que se tome cuidado com as atitudes automáticas. “Exerça resiliência e protagonismo. As relações se dão através da empatia. Se estou aqui hoje conversando com vocês, é porque alguém me indicou. O que importa é a rede que criamos e como a desenvolvemos. Isso também está entre nossas obrigações”, concluiu.
Fonte – Dino
Foto – Divulgação