Excelência em Gestão reúne sistema cooperativista do Paraná em Curitiba
O 2º Fórum de Excelência em Gestão – Governança, Ética e Transparência, promovido pelo Sistema Ocepar, por intermédio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), reuniu, na tarde desta quinta-feira (26/10) no NH Hotel, em Curitiba, 87 participantes de 27 cooperativas. Segundo Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR, o fórum, que surgiu por sugestão no Comitê de Autogestão do Planejamento Estratégico das Cooperativas paranaenses, o PRC 100, visa capacitar os gestores para fazer frente ao grande desenvolvimento das cooperativas.
Adesão – Boesche, que abriu o evento, esclareceu que o objetivo do Programa Excelência em Gestão “é conseguir enxergar, por meio de um autodiagnostico, quais são as deficiências e as coisas que estamos fazendo bem. Eu diria que temos uma boa gestão, mas sempre tem alguma coisa a melhorar. E isto o programa vai nos mostrar”. Segundo ele, o projeto tem despertado a atenção das cooperativas, tanto que atualmente 40 delas, dos ramos agropecuário, crédito, saúde e trabalho, responsáveis por 43% do faturamento, 34% das sobras, 35% do total de associados e 39% dos funcionários do setor no estado, participam do projeto. A meta é envolver as mais de 200 cooperativas inscritas no Sistema Ocepar.
Mercado – O superintendente do Sescoop/PR disse ainda que o programa está em sintonia com a realidade do mercado, cada vez mais competitivo e que, por isso, exige das empresas doses ousadas de inovação e boa gestão, além de objetivos claros. “Aliás, a grande causa da mortalidade das organizações é a falta de gestão. No nosso caso, a preocupação maior está relacionada ao PRC 100, que prevê o aumento substancial de nossa movimentação econômica nos próximos anos, o que exige gestão de qualidade e revisão de processos. A preocupação vai além da meta dos R$ 100 bilhões de faturamento, ou seja, como as cooperativas vão suportar esse crescimento. Isso exige novos conceitos e conhecimentos para que a gestão possa, além de atender as necessidades do mercado, suportar essa grande expansão”, conceituou.
Excelência – Para Jairo Martins, presidente da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), a transformação das corporações só se dará “se mirarmos na excelência da gestão. Para isso é preciso ter uma boa governança que, por meio de um olhar sistêmico, chegue à excelência”. Para atingir esse estágio, de acordo com ele, é preciso buscar a eficácia e eficiência visando ao aumento da produtividade.
Caminhos – Martins, que proferiu a palestra “Gestão para a excelência: caminhos para uma gestão transformadora”, acrescentou que “nós necessitamos da inovação e da sustentabilidade. Também precisamos de ética, o grande hiato da atualidade. E quem vai harmonizar tudo isso é a governança, que nada mais é que a liderança transformadora, que tanto precisamos. Juntando esses fatores, o Brasil será competitivo. Afinal só se é ‘escolhido’ para fazer parte das cadeias internacionais se for competitivo”, afirmou.
Cooperativas – O presidente da FNQ entende que há capital humano para promover as transformações. “Eu cito, por exemplo, o caso das cooperativas, que vão ser um dos grandes pilares da economia brasileira, porque têm pessoas com o compromisso e o espírito cooperativistas. Temos capital humano, sim. Mas é uma questão de atitude querer fazer. Temos uma natureza pródiga, tudo em abundância, como água, clima, energias renováveis, ou seja, temos a base toda. Então, é realmente uma questão de atitude, de querer fazer para acontecer”, ponderou.
Programação – A pauta do Fórum de Excelência em Gestão, além da participação de Jairo Martins, constou de dois painéis – “Com fortalecer a governança por meio de práticas éticas e transparentes”, com a participação do presidente das cooperativas Sicredi Integração PR/SC e Bom Jesus, e Silvio Valdrighi, superintendente de Gestão de Riscos e Conformidade da Sabesp, e “Integridade: o valor da confiança para os negócios”, com Bruno Bandarovsky, chief compliance officer do Grupo Promon, e Renato Gennaro, sócio de Advisory da EY – e outra palestra “Gestão integrada de riscos: onde estamos e perspectivas para o futuro”, a cargo de Claudio Gonçalves, diretor executivo de Advisory da EY, e Fabiana Kataoka Nunes, diretora executiva de Assurance-FIDS da EY.
Fonte – Ocepar