O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, porém, o 24º exportador. Com o objetivo de promover as frutas brasileiras no mercado internacional, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), por meio do projeto FRUTAS DO BRASIL, levou a Berlim mais de 50 empresários do setor para participar da maior feira internacional de frutas, a Fruit Logisitica 2022.
A feira que durou três dias teve um total de 88 nações representadas no centro de exposições em Berlim. A última edição ocorreu em fevereiro de 2020, sendo a última feira internacional líder antes de ser fechada devido à pandemia, entretanto também a primeira a abrir novamente suas portas ao público global, na capital da Alemanha.
Segundo os organizadores do evento o contato direto é muito importante para todos. “A confiança nos produtores desempenha um papel maior do que em outros setores. Também porque são produtos naturais. Além disso, não se deseja apenas ver a fruta, mas também cheirá-la, saboreá-la e tocá-la. Uma foto de um morango não vai te fazer feliz”, afirmou o Gerente de Projetos da FRUIT LOGISTICA, Kai Mangelberger.
A Abrafrutas e associados representou o Brasil em um estande de 418mt², que chamou atenção pelo novo design apresentado com características bem definidas da nação brasileira. Para todos os presentes este foi um momento impar de retorno e bastante assertivo para prospectarem e firmarem novos negócios, além de discutirem com os stakeholder sobre o cenário global das exportações e outros assuntos de interesse da cadeia, tais como entender as exigências e perspectivas do mercado.
De acordo com a associação, os negócios durante o evento ocorreram de maneira bem intensa com expectativas de gerarem negócios em cera de US$ 80 milhões. Com público bem menor este ano, os participantes presentes eram pessoas relacionadas a área e bastante interessada na realização de negócios.
Manga, uva, melão, limão, maçã e mamão compõem o topo das exportações brasileiras. Essas e outras estavam sendo representadas na feira. O mercado internacional tem procurado por frutas brasileiras, diz o gerente técnico da Abrafrutas, Jorge de Souza, que explica que a procura, obviamente, está alinhada a um critério de qualidade e segurança de produto exigidos, principalmente, pelo mercado europeu. “São exigências que a fruticultura brasileira tem capacidade para oferecer”, disse.
Para o presidente da Abrafrutas licenciada, Guilherme Coelho, o setor tem sofrido entraves que tem dificultado o comércio internacional, como o encarecimento do frete e as questões de logística. Tem ocorrido bastante o congestionamento nos portos o que causa o adiamento de navios aos destinos de exportações, gerando um grande problema para o setor, visto que se trata de produto frescos.
“TIVEMOS A INFORMAÇÃO QUE COM A NOVA VARIANTE DA COVID NA CHINA, POUCOS NAVIOS ESTÃO CIRCULANDO. ALÉM DISSO, TEMOS TAMBÉM SOFRIDO COM A FALTA DE CONTÊINER E ISSO TEM GERADO INSEGURANÇA NA LOGÍSTICA MUNDIAL”, DISSE GUILHERME COELHO.
Para o maior exportador de manga do Brasil, o produtor e empresário Paulo Dantas, afirma que esses dias foram uma ótima oportunidade para retomar todos os negócios e contatos com os clientes. Dantas explica que apesar desse período de pandemia, não houve interrupção no envio das frutas para o mercado internacional, entretanto a participação na feira de forma presencial, torna os negócios mais efetivos, além da percepção da grandeza da fruticultura, em especial, o potencial do Brasil.
“UMA FEIRA COMO ESSA, ENTENDEMOS QUÃO GRANDE É O MERCADO MUNDIAL DE FRUTAS E O POTENCIAL QUE TEMOS E AINDA PODEMOS DESENVOLVER”, AFIRMOU O PRODUTOR.
No estande do Brasil, era possível ver que de fato a necessidade do evento presencial era urgente, pois em todos os momentos as mesas estavam cheias de negociadores.
Ainda no último dia, a Abrafrutas recebeu a visita de representantes do Banco do Brasil S.A., da agência de Frankfurt, Joan Riutort Magg e Nildo Ribeiro do Rosário Neto para tratar sobre apoio e investimentos voltados aos produtores e exportadores de frutas.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação