Exposição mostra a importância do solo

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Uma exposição de folders, cartazes, maquetes e fotos chamou a atenção do público para um recurso natural pouco valorizado, o solo. Os materiais estiveram expostos no hall do Instituto Emater, em Curitiba, ainda em comemoração ao Dia Mundial de Conservação do Solo, comemorado no dia 5 de dezembro.

De acordo com a professora Fabiane Vezzani, do Departamento de Solos da UFPR, a intenção é divulgar as funções do solo no dia a dia das pessoas, principalmente para a parcela da população que não lida diretamente com esse recurso. “Queremos fazer as pessoas olharem para o solo no vaso de flor, na cidade, onde elas estiverem”, ressalta a professora. Fabiane observa que o solo funciona como um filtro da água, concentra diversos organismos que vão decompor resíduos, além de ser o substrato para a produção de alimentos, madeira e é a base para construções. “Para executar essas funções, o solo precisa ter qualidade, deve estar vivo. Todo nosso bem estar vem dos serviços que o solo oferece e muitas vezes as pessoas se esquecem que é no solo que está o começo de tudo”, observou a professora.

Para Marcelo Ricardo de Lima, também professor do Departamento de Solos da UFPR, a exposição tem a função de fazer com que as pessoas saibam mais sobre o assunto. ‘É importante que se entenda que o solo é um componente variável. Qualquer generalização não contribui para entender o tema. Cada local tem sua particularidade”, destacou. Ele acrescentou que desde cedo as crianças aprendem que o solo é sujo e pode causar doenças, quando isso não é verdade. Para ir contra essas idéias, a UFPR criou o “Programa Solo na Escola” em parceria com as secretarias Municipal e Estadual de Educação. O objetivo é levar informações a professores e alunos sobre o solo, suas características e as práticas mais adequadas para sua conservação. O material está acessível no site do programa (www.escola.agrarias.ufpr.br). Segundo Lima, a maioria dos alunos vê nos livros informações que não têm ligação com a sua realidade e isso não ajuda a entender o tema. O professor lembra que a ideia de que o solo é um recurso infinito e renovável é errada. “Um centímetro de solo pode levar centenas de anos para ser formado. Queremos estimular as pessoas a discutirem o assunto”, afirma.

Oromar Bertol, do Instituto Emater e diretor do Núcleo Paraná, da Sociedade Brasileira de Ciências do Solo, afirmou que a exposição tem uma forte ligação com o trabalho que o Instituto desenvolve na área de conservação de solo. “A Emater é o principal responsável pelo trabalho de microbacia no Estado. A história da Extensão Rural está ligada diretamente às atividades de conservação desse recurso natural. Depois de passar pelo Instituto Emater, a exposição seguiu para o Parque Bacacheri.

 

Fonte – Emater

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