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FAO participa de sessão solene na Câmara pelo Dia Internacional do Cooperativismo

Representante da FAO no Brasil esteve na Sessão Solene na Câmara dos Deputados em alusão ao Dia Internacional do Cooperativismo, 5 de julho. O evento reuniu autoridades, parlamentares, entidades cooperativistas e organismos internacionais, destacando o papel das cooperativas no desenvolvimento sustentável, na inclusão social e na segurança alimentar.
A FAO atua no fortalecimento do cooperativismo agroalimentar como ferramenta contra a pobreza, na redução das desigualdades, no acesso a alimentos adequados e na promoção de sistemas sustentáveis.
O movimento cooperativista reúne cerca de 1 bilhão de pessoas em 3 milhões de cooperativas, gerando 280 milhões de empregos diretos no mundo.

O Representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Jorge Meza, participou, nesta segunda-feira (8), da Sessão Solene realizada na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado em 5 de julho. O evento celebrou o modelo de negócios cooperativista e se integra às atividades para o Ano Internacional do Cooperativismo, proclamado pela Assembleia Geral da ONU.

O evento reuniu representantes do governo, do parlamento, de organizações cooperativistas e de organismos internacionais, em reconhecimento ao papel das cooperativas na promoção do desenvolvimento sustentável, da inclusão social e da segurança alimentar no país e no mundo. Durante a solenidade, Jorge Meza destacou que o combate à fome e a transformação dos sistemas agroalimentares dependem, em grande medida, da ação coletiva promovida pelas cooperativas.

“Reduzir a fome já não é suficiente. Precisamos erradicá-la completamente e assegurar que todas as pessoas tenham acesso regular a alimentos seguros, nutritivos e adequados. Para isso, é essencial transformar nossos sistemas agroalimentares, tornando-os mais sustentáveis, equitativos e resilientes”, afirmou Meza. “As cooperativas têm papel estratégico nesse processo. Elas promovem a diversificação da produção, geram renda para pequenos agricultores e ampliam o acesso aos alimentos. Sem elas, não seria possível alcançar a segurança alimentar e nutricional da humanidade”, acrescentou.

Meza destacou ainda que, ao fortalecer o protagonismo dos produtores organizados coletivamente, o cooperativismo contribui para a estabilidade produtiva, a justiça social e a superação da pobreza rural. “É com as cooperativas que conseguiremos essa transformação: segurança alimentar e nutricional com equidade, resiliência e sustentabilidade, reduzindo o problema da mudança climática associada ao nosso sistema agroalimentar”, completou.

Atualmente, segundo o Anuário Brasileiro do Cooperativismo, o Brasil conta com cerca de 4.500 cooperativas. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio de Freitas, destacou o alcance social e econômico do setor. “Esse ano, os 23,4 milhões de brasileiros cooperados já movimentaram 700 bilhões de reais. Isso é muito movimento econômico, mas além disso, é movimento social. Se cada cooperado tiver mais três familiares, nós estamos falando de 75 milhões de brasileiros agregados a esses cooperados, quase metade da população brasileira com algum vínculo com esse modelo de negócio que traz prosperidade e bem-estar”, celebrou.

O deputado Arnaldo Jardim, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, lembrou que o reconhecimento das cooperativas pelas Nações Unidas é um marco relevante. “Cooperativas constroem um mundo melhor. Aqui no Brasil não estamos fora dessa mobilização internacional. […] Esse é o tamanho do orgulho que temos desse movimento que já cresceu, mas vai crescer ainda mais no nosso país.”

A sessão foi presidida pela deputada Bia Kicis, que sublinhou o papel das cooperativas como força de transformação: “É um modelo que une a liberdade individual com a responsabilidade coletiva. Empreendedorismo com solidariedade. As cooperativas florescem a partir da autonomia das pessoas e do protagonismo cidadão.”

A declaração de 2025 como Ano Internacional do Cooperativismo é a segunda da história – a primeira ocorreu em 2012 – e reconhece a crescente contribuição das cooperativas para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Estima-se que, globalmente, o movimento cooperativista reúna cerca de 1 bilhão de pessoas em 3 milhões de cooperativas, gerando 280 milhões de empregos diretos.

A FAO vem atuando para fortalecer o cooperativismo agroalimentar como instrumento para combater a pobreza, reduzir desigualdades, ampliar o acesso a alimentos adequados e promover sistemas mais sustentáveis e resilientes. A organização espera que o reconhecimento internacional deste modelo impulsione políticas públicas, marcos legais inclusivos, investimentos e capacitação técnica para o setor.

 

 

Fonte – Nações Unidas

Foto – OCB

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