O lançamento ocorre na próxima segunda-feira, 07, às 10h, no auditório do 4º andar do Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV/Ufam), vinculado à Ebserh, localizado na rua Tomas de Vila Nova, 300 – Centro. A iniciativa, coordenada pela Comissão de Humanização e Unidade Multiprofissional, busca padronizar a liberação de visitas assistidas por animais para pacientes internados nas enfermarias e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI
O evento integra as comemorações dos 60 anos do HUGV, como referência no ensino e na atenção à saúde na Amazônia Ocidental.
Cuidado humanizado
Conforme a coordenação, os animais podem transformar qualquer lugar por onde passam, especialmente o ambiente hospitalar, tornando-o mais acolhedor, melhorando o humor, reduzindo os níveis de estresse. E estes são apenas alguns dos benefícios que a Terapia Assistida por Animais (TAA), uma abordagem terapêutica que usa a interação com animais treinados, pode trazer, ao melhorar o bem-estar das pessoas nos aspectos sociais, psicológicos e fisiológicos.
Durante o lançamento do protocolo, contará com a presença de um animal, um golden retriever chamado Hugo, acompanhado da tutora Lydia, que fará visita a alguns leitos das clínicas médicas, proporcionando uma amostra dos benefícios terapêuticos que a interação com os animais pode trazer para os pacientes.
Terapia Assistida por Animais (TAA)
A Terapia Assistida por Animais tem respaldo científico e já se mostrou eficaz na redução do estresse, na melhora do humor dos pacientes e até mesmo na diminuição do tempo de internação. O protocolo do HUGV estabelece diretrizes rígidas para garantir a segurança dos pacientes e dos animais, incluindo a avaliação veterinária dos animais, treinamento dos tutores e medidas rigorosas de higiene hospitalar.
Segundo a chefe da Unidade Multiprofissional do HUGV, Socorro Lobato, a implantação do protocolo de TAA no HUGV-Ufam, representa um avanço no cuidado humanizado dos pacientes.
“Estudos já comprovaram que a interação com os animais pode reduzir o estresse e contribuir para a recuperação de pacientes em diversos contextos clínicos. Com esse protocolo, garantimos que a TAA seja realizada de forma segura, ética e estruturada, beneficiando não apenas os pacientes, mas também os profissionais de saúde e acompanhantes. Nosso objetivo é tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor e promover um impacto positivo na jornada de recuperação de cada pessoa atendida.”
Conduta de respeito
Lydia de Jesus Azêdo, 43, natural de Parintins (AM), tutora do cão Hugo, que abre as atividades do HUGV, seguindo o Protocolo de Terapia Assistida por Animais (TAA), reside em Manaus há 20 anos e relata que essa será a primeira experiência de visita a pacientes em hospitais com um dos seus cães. “Sempre fui tutora de goldens pela personalidade deles, inteligência e pelas características da raça, especialmente no que diz respeito à paciência e tolerância com crianças, características naturais dos golden retrievers”.
Lydia destaca a personalidade dócil e especial de Hugo, o que a fez escolhê-lo para esta nobre missão: “O Hugo, meu golden atual, tem 3 anos e foi escolhido para terapia com seres humanos, pois nos primeiros anos de vida observamos que ele tinha um detector natural para pessoas com algum tipo de deficiência e para pessoas mais frágeis. Ele passava a adotar uma postura mais passiva do que o normal, passando a deitar, esperar que se aproximasse e, assim, seguia nessa postura até que a pessoa perdesse o interesse por ele. O nome dele, de origem alemã, significa ‘amor’, porque o Hugo é amor!”.
De acordo com Lydia, na rotina dele está a convivência, desde filhotinho, com muitas pessoas e em ambientes diversos, o que faz com que ele se sinta à vontade em meio a aglomerações, shoppings, lojas, supermercados, entre outros com estas características.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação/Ascom
