Insumos para atestar brucelose e tuberculose devem passar a ser comercializados em casas agropecuárias

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Os antígenos para a realização de diagnóstico da brucelose e tuberculinas para o diagnóstico da tuberculose deverão passar a ser comercializados em casas agropecuárias no Amazonas. Atualmente, no Estado, a distribuição desses insumos é controlada pelo serviço veterinário oficial do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas (SFA).

Esta proposta foi discutida durante reunião entre a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), órgão vinculado à Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), a Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas (SFA/AM), a Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).

De acordo com o gerente de Defesa animal da Adaf, Diego Laner a comercialização de antígenos e tuberculinas utilizadas no diagnóstico da brucelose e tuberculose será realizada pela iniciativa privada e devem seguir as diretrizes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCBT), do Mapa. O PNCEBT estabelece exigências de diagnóstico para efeito de trânsito interestadual de animais destinados à reprodução, produção e comércio de produtos e subprodutos de origem animal, e tem como objetivo diminuir os impactos negativos dessas zoonoses na saúde humana e animal.

“Primeiro que quem quiser realizar um evento agropecuário não vai ter esse problema de falta da tuberculina e do antígeno para fazer o exame da brucelose, porque a casa agropecuária já vai ter em estoque. Vai diminuir o tempo para a conclusão do resultado e não prejudicará a entrada dos animais nos eventos agropecuários”, comentou o médico veterinário e fiscal estadual agropecuário da Adaf, Diego Laner.

Eventos agropecuários – Sergio Muniz, diretor-presidente da Adaf ressaltou ainda que a agência de defesa é responsável pela autorização dos eventos agropecuários no Amazonas. “Atuamos embasados na legislação vigente, do serviço de defesa, por isso é importante que os eventos aconteçam dentro das legalidades”, ponderou.

Comercialização – Para a comercialização nas casas agropecuárias, os estabelecimentos devem possuir um registro no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro), do Mapa e cadastro na Adaf. A partir de então será autorizado à compra dos insumos.

O comércio ficará acondicionado à emissão de receita por um médico veterinário habilitado e que esteja regular com suas obrigações perante o serviço oficial veterinário. A Adaf será responsável em fiscalizar as casas agropecuárias, no mínimo uma vez por semana para avaliar a conservação, comercialização e controle dos insumos.

Fornecimento dos antígenos – Os antígenos são utilizados para a realização dos testes de triagem para brucelose -Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e teste de Anel do leite (TAL). Para o controle da tuberculose serão utilizadas somente tuberculinas cujo esse insumo veterinário é conhecido com Derivados Protéico Purificado (PPD), bovina e aviária.

Os insumos só serão vendidos para médicos veterinários habilitados pelo MAPA que estejam regulares com suas obrigações perante o serviço veterinário oficial.

Sobre as doenças – A brucelose é uma zoonose transmitida pela carne e leite cru, que compromete a reprodução das fêmeas bovinas e bubalinas. Para o controle e erradicação da brucelose deve-se vacinar obrigatoriamente as bezerras de 3 a 8 meses, com a vacina B19. No caso da não vacinação nesta idade, o produtor deverá realizar a vacinação da brucelose com a vacina RB51.

A tuberculose também é uma zoonose e acomete rebanhos bovídeos assim como outras espécies de animais, podendo ser disseminada pelo ar, urina e fezes, portanto, as chances de infecção são maiores em rebanhos mais confinados.

 

Fonte – Secom

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