O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram um acordo que pretende acabar com lixões no estado do Amapá. A reunião aconteceu no começo de fevereiro e a previsão é de que em até três meses o banco nacional informe os projetos elegíveis.
Segundo o ministro da pasta, Joaquim Leite, a iniciativa promove o crescimento do país, além da melhoria ambiental. “Esse era um desafio que o Brasil tinha e agora o Governo Federal toca essa agenda, com execução do BNDES, fazendo uma transformação para todo cidadão que mora numa cidade e precisa transformar o seu lixo em algo que tenha valor econômico e possa ser reciclado, reutilizado.”
A assinatura aconteceu no começo de fevereiro. No evento, estavam presentes o governador do Estado e de todos os prefeitos amapaenses, além do presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Ele destacou os avanços que o projeto vai produzir. “Pensa em emprego, qualidade de vida, urbanização adequada e preservação ambiental. A gente está assinando o acordo agora, é um ótimo gesto político que vários outros estados e prefeitos do Brasil podem copiar. A gente vai começar os trabalhos agora para fazer essa modelagem inédita.
Programa Lixão Zero
Iniciado em 2019, o programa Lixão Zero é um passo para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo dados do MMA, o programa é responsável pelo fechamento de 20% dos lixões em todo o Brasil, um total de 645 locais de descarte incorreto de lixo. A meta do governo é fechar todos os lixões até 2024.
Dados de 2020 do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento mostram que o 14,6% dos resíduos descartáveis tinham o lixão como o destino final. O painel mostra que, em todo Brasil, são 1.545 locais como esse.
O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Carlos Bocuhy, explica que qualquer depósito de lixo sem a impermeabilização do solo gera o chorume, que é um material altamente negativo para o meio ambiente. Ele entra no solo, vai até os aquíferos e acaba contaminando as nascentes. “ Além disso, o lixo em decomposição gera metano, que vai para a atmosfera e é um elemento muito forte, potencializador das mudanças climáticas. Ele é vinte ou até mais vezes agressivo do que o carbono na atmosfera.”, acrescenta.
Fonte – Brasil 61
Foto – Divulgação