Cultura

Mestres da cultura de Maués no AM compartilham conhecimentos

O resgate e ensino da cultura popular marcaram o 2° Encontro dos Mestres do Gambá e Outras Manifestações Culturais, realizado nos dias 4 e 5 de maio por iniciativa da comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, zona rural do município de Maués (AM). A Atividade recebeu o apoio do Grupo de Trabalho Produção Sociocultural, do projeto Aliança Guaraná de Maués (AGM), coordenada pelo Idesam, o evento promoveu um intercâmbio de conhecimentos entre diferentes comunidades e gerações.

A manifestação gambazeira integra um conjunto de práticas culturais muito antigas e consiste em rituais que acompanham os cantos entoados, tudo ao som de instrumentos musicais rústicos como tambores gambá, tamborinho e caracaxá. Todos os instrumentos usados no movimento são confeccionados com madeira reaproveitada da floresta por grupos organizados e que seguem regras de comportamentos próprios da função de mestre gambazeiro.

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De acordo com o coordenador técnico da AGM, Eric Brosler, esse intercâmbio, com os rituais ancestrais interagindo com a atualidade, são um resgate necessário perante a realidade que as comunidades vivenciam.

“O resgate do gambá, ladainhas e outras manifestações tem trazido uma energia muito boa às comunidades, com interação junto aos mestres e mestras desses conhecimentos, resgatando brincadeiras, músicas e danças que há décadas não eram mais praticadas. Foi emocionante aos mais velhos, que relembraram momentos do passado, e mais importante ainda para as crianças, que têm a oportunidade de vivenciar essa cultura, até então adormecida”, relata Brosler.

O 2° Encontro foi uma iniciativa da própria da comunidade e, além do Idesam, instituições como o Ponto Cultuam, grupo Pingo de Luz, grupo Caminhando com Jesus, Mama Ekos, Ambev, Usaid, IFam e Prefeitura de Maués também apoiaram o evento.

Um dos principais responsáveis pelo resgate da manifestação do Gambá em Maués, o agitador cultural Mestre Barrô Mafra, ressalta a importância de ensinar aos mais jovens a cultura ancestral. “Infelizmente no interior o jovem tem menos oportunidades e acaba se tornando mais vulnerável a questões de violência e de drogas. A ideia é que eles se vejam como protagonistas dessa cultura e não apenas como observadores”, reforça Barrô.

Outras manifestações populares ganharam destaque na programação, incluindo a Dança do Jacundá, Dança do Peixe, Dança do Pitiú, Dança da Cigana e um Grupo de Carimbó. O evento promoveu ainda um torneio de futebol, show de calouros e uma roda de troca de saberes dos mestres com as crianças.

 

Fonte – Idesam

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