Foi desenvolvido e patenteado uma nova descoberta científica na área de lubrificantes. Trata-se de um novo tipo de nanolubrificante capaz de alcançar uma redução do atrito, do desgaste de peças, da corrosão e maior durabilidade de engrenagens de turbinas eólicas, por exemplo, que os produtos atuais não conseguem. O trabalho foi desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Ele foi produzido a partir de óleo de girassol epoxidado, diminuindo os impactos ambientais do lubrificante no uso e no descarte. O processo de epoxidação consiste de diversas reações, que ocorrem em fases líquidas distintas, com transferência de massa entre as fases. Segundo Salete Martins Alves, coordenadora da equipe que desenvolveu a nova tecnologia, o diferencial do produto é o processo de formação das nanopartículas que garantem a dispersão no óleo. No caso, o nanolubrificante criado é preparado, por exemplo, utilizando-se óleo de girassol epoxidado aditivado com nanopartículas de cobre metálico, estas últimas depositadas no lubrificante pelo método sputtering.
“Na preparação dos nanolubrificantes, um grande desafio é garantir a dispersão das nanopartículas por muito tempo, que, devido ao seu tamanho e alta área superficial, tendem a se aglomerar. Muitas vezes, por não estarem completamente dispersas no lubrificante, as nanopartículas não atuam como aditivos antiatrito e antidesgaste, mas funcionam como um terceiro corpo. Com a deposição via magnetron sputtering, método usado neste invento, as nanopartículas são formadas dentro do óleo a partir de um alvo de cobre. O resultado foi uma excelente dispersão, pois, após seis meses, não se observou sedimentação das nanopartículas”, explica a professora da UFRN.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação