COOPERATIVA DE CRÉDITO. DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, A MELHOR ALTERNATIVA

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Os indícios de organizações com base na cooperação datam da antiguidade, contudo a Aliança Cooperativa Internacional considera como marco do nascimento do cooperativismo a união dos tecelões de Rochdale, Inglaterra.

Naquela ocasião, ano de 1844, em meio à Revolução Industrial onde as condições de trabalho degradantes castigavam o operariado, 28 tecelões se organizaram e criaram uma cooperativa de consumo nos moldes que a conhecemos hoje (Rochdale Society of Equitable Pioneer). Tal organização seria regida por princípios próprios, balizadas por valores do ser humano e na democracia como forma de solução dos problemas.

Cada nova cooperativa que surge no mundo reafirma os princípios e a motivação desse grupo de tecelões que frente a desmandos econômicos se organizou e buscou criar um sistema econômico com base na decisão e nas necessidades do coletivo. Não foi fácil. Por entenderem necessário o consumo do produto que dispunham como forma de superar os altos valores e a desonestidade dos comerciantes da época se sujeitavam a consumir trigo de pior qualidade que fosse da cooperativa. Entendiam ser aquele o seu trigo, sobre o qual não pagariam sobre preço a outros e que teriam o seu próprio negócio com as suas próprias regras. No Brasil, a experiência cooperativista europeia chegou em 1902 através do Pe. Theodor Amstad e sob sua inspiração instalaram-se as primeiras cooperativas de crédito e agrícolas.

O cooperativismo de crédito presta serviços financeiros e de natureza bancária com condições mais favoráveis, porém sujeitos à regulamentação do Banco Central e aos rigores da fiscalização do Sistema Financeiro Nacional. Diferentemente de um banco, o cooperado é o dono e tem autonomia coletiva para se organizar, reagir e melhor se movimentar sabendo que seus interesses estão defendidos, que participou da decisão e que a instituição financeira não tem lucro nem interesses próprios, só os dos associados.

Por isso o cooperativismo dá certo desde sempre. Em países como a Alemanha, mais de 80% das empresas elegeram as cooperativas como forma de organização. No Brasil, as cooperativas de crédito já respondem por mais de 6% do mercado dos depósitos e sua participação no mercado das instituições financeiras cresce ano a ano.

 

 

Fonte – Antônio Pedro Viero

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