Número de cooperativas com geração distribuída deve crescer mais de 80% em 2018
As cooperativas que utilizam geração distribuída somam 5,5 MWp de geração, abastecendo mais de 150 unidades consumidoras e proporcionando uma economia de R$ 7 milhões para os cooperados. Em 2017, foram implantadas 31 novas conexões, mais do que o dobro registrado nos cinco anos anteriores (2012-2016), período em que 25 cooperativas instalaram os sistemas.
Com os bons resultados, a expectativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é de chegar ao fim deste ano com o registro de mais de 120 cooperativas com geração distribuída, esperando em torno de 60 a 70 novas instalações, que beneficiarão suas produções e seus cooperados.
“Hoje mais de 6,5 mil cooperativas compõem o sistema OCB, e é com esse universo que trabalhamos para a disseminação da geração distribuída. Queremos que as cooperativas vejam isso como uma opção para o negócio, que traz benefícios para os cooperados”, conta o analista técnico e financeiro do Sistema OCB, Marco Olívio Morato de Oliveira.
O compartilhamento de estruturas, a gestão democrática e a divisão igualitária para o cooperado são os pilares que constituem esse modelo de negócio e o fazem tão atrativo como atividade econômica, com uma participação cada vez mais crescente em seus 13 ramos de negócio.
Das 56 cooperativas que adotaram a geração distribuída, mais de 90% utilizam sistemas fotovoltaicos. Mas também há uma tendência por novas fontes de geração, considerando o melhor aproveitamento regional. Assim, há duas cooperativas que possuem termelétricas a biogás – que aproveitam o dejeto animal e mitigam o passivo ambiental, transformando-o em ativo econômico -, e três centrais hidrelétricas (CGHs).
“Avaliar as alternativas e potenciais de produção e sustentação do modelo de negócio é o grande proveito que uma cooperativa pode utilizar na diversificação de sua matriz energética, e no que ela pode transformar com isso”, continua o analista.
O Estado com o maior número de cooperativas com geração distribuída é o de Santa Catarina, com 14 usinas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com oito, e empatados com seis, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
A maior adesão ao modelo em Santa Catarina, justamente o Estado que não possui isenção de impostos para a aquisição dos sistemas, mostra a força e o espírito do cooperativismo na região Sul, onde o modelo de negócios foi iniciado no país.
Fonte – Portal Setor Energético