O que fazer para economizar energia emocional e tempo no processo de recolocação?

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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), traduziu em números a realidade dos quase 13 milhões de brasileiros que estão hoje desempregados. Os resultados da pesquisa “Impactos do Desemprego: saúde, relacionamentos e estado emocional” mostraram que as consequências do desemprego vão muito além das complicações na vida financeira: elas afetam principalmente o estado físico e emocional das pessoas que perderam seus empregos. Segundo o estudo, 63% dos entrevistados estão estressados, 62% se dizem angustiados e 59% se sentem desanimados ou deprimidos. Três em cada quatro entrevistados disseram ainda que têm agora sentimentos de privação de consumo que não tinham anteriormente e 68% sentem a insegurança de não conseguir um novo emprego.

Em outras palavras, a pesquisa da CNDL mostra que o desemprego está diretamente relacionado à energia emocional das pessoas afetadas por ele. Qualquer pessoa incapaz de direcionar suas tensões e controlar adequadamente sua energia emocional pode perder a capacidade de estar alerta, atenta ao que acontece ao redor, prejudicando seu rendimento na vida pessoal e profissional. Ao vivenciar as emoções negativas apontadas pelos entrevistados (medo, insegurança, ansiedade, estresse, etc.), quem busca uma recolocação no mercado de trabalho se vê em pleno processo de desperdício de energia emocional.

“A perda de energia emocional só ocorre quando não determinamos hoje, o sucesso de amanhã”, afirma Bruno Cunha, Headhunter & Master Coach de Carreira da Pontus Consultoria em RH (www.coachbrunocunha.com). Segundo ele, é muito comum que profissionais altamente qualificados e com muita experiência em suas áreas percam o equilíbrio e o controle de suas carreiras por não saberem lidar com sua energia emocional. “Encarar um momento complexo como uma situação de desemprego e instabilidade financeira exige muito mais da nossa capacidade em controlar as emoções do que de nossas competências curriculares”, diz Cunha.

Poupando energia emocional

O estilo de vida da modernidade e o ritmo acelerado fomentado pelo avanço das tecnologias facilitaram vários processos que antes eram muito mais trabalhosos e cheios de dificuldades, mas ao mesmo tempo, aumentaram a pressão sobre as pessoas na mesma proporção. Principalmente nas grandes cidades, a impressão é de que as pessoas estão sempre correndo contra o relógio, em busca de metas que nem sempre elas sabem quais são. De fato, os ponteiros não param e o tempo não volta atrás, mas ninguém precisa desperdiçar energia emocional por causa disso. O primeiro passo é estabelecer objetivos pautados na realidade e traçar estratégias para chegar até eles. Essa jornada precisa ser trilhada com equilíbrio, porque quando se trata de energia emocional, os fins não justificam os meios.

Outro aspecto muito importante e muitas vezes negligenciado é a compreensão de que uma demissão não precisa, necessariamente, ser um ponto final em uma carreira. Em tempos de crise e instabilidade política e econômica no país, o desemprego é uma realidade incômoda, porém, natural. Os profissionais mais bem sucedidos são aqueles que conseguem ter a visão além do momento presente porque são capazes de perceber que, se hoje, passam por um hiato na carreira ocasionado por uma demissão, a partir de amanhã podem renovar sua energia emocional para focar em uma nova oportunidade ou até mesmo mudar completamente sua trajetória profissional. “Esse é o objetivo final dos serviços de coaching. Oportunidades no mercado de trabalho vêm e vão a todo momento, seguindo a movimentação natural dos setores. Mão de obra e qualificações específicas também estão ao alcance do mercado e dos que almejam uma carreira em qualquer área. Porém, é o gerenciamento eficaz de tempo e energia emocional que vai determinar o êxito de uma pessoa, não apenas como profissional, mas pensando em sua qualidade de vida”, conclui Bruno Cunha.

Fonte – Segs

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