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Osteoporose: ossos frágeis que podem matar silenciosamente

Responsável por sustentar todo o organismo humano, ser fonte de cálcio e ser necessário para a execução de diversas funções como os batimentos cardíacos e a força muscular, o osso é uma estrutura viva que está sendo sempre remodelada diariamente em todo o esqueleto e durante a vida inteira.

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição dessa massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas, principalmente na região da coluna, quadril e punhos.

A reumatologista do Sistema Hapvida, Rosana Barros de Souza, explica o que ocorre nos ossos de quem tem osteoporose, e quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela redução da massa óssea e alteração da microarquitetura do osso levando a maior fragilidade e consequente risco de fraturas. Dentre os fatores de risco a doença estão: ser do sexo feminino, branca, pós menopausa, idade maior que 60 anos, ter história familiar de fratura ou osteoporose, ser tabagista, etilismo, sedentarismo, ter baixo peso (ser magra) e baixa ingestão de cálcio na dieta. Algumas doenças e condições também favorecem o desenvolvimento de osteoporose como: doenças endócrinas, gastrointestinais, neurológicas e renais também podem favorecer o uso de medicamentos como os corticosteróides” explica.

A médica também explica como é realizado o diagnóstico da osteoporose e como vive a pessoa que adquiriu a doença. “O diagnóstico é realizado através do exame de densitometria óssea. Difícil definir o tempo de vida de pacientes com osteoporose. Não é uma doença maligna ou diretamente fatal. No entanto, a ocorrência de fraturas, especialmente as de colo de fêmur (são as de maior gravidade) estão relacionadas a altas taxas de morbidade e mortalidade, podendo reduzir a expectativa de vida do paciente em decorrência das complicações como internação hospitalar, muito tempo de imobilização e permanência no leito, complicações cirúrgicas e até infecções por conta da fratura”, finaliza.

Causas, sintomas e tratamento

Dentre as possíveis da osteoporose, está uma grande influência genética, afetando muito mais as mulheres do que os homens. Além disso, muitos medicamentos podem provocar a doença, como os glicocorticóides (principal causa), anticonvulsivantes, quimioterápicos, doses excessivas de hormônio tireoidiano (usadas em pacientes com câncer de tireoide), pioglitazona (para diabetes), entre outros.

Em geral, a doença não tem sintomas, mas pode ser descoberta pelas fraturas que geralmente ocorrem em coluna, punho e quadril, decorrentes de um mínimo trauma como cair acidentalmente. A cifose e a perda de altura são sinais do exame físico e da história clínica que podem sugerir a presença de fratura vertebral, que em muitos casos é assintomática.

O tratamento envolve a adequação do cálcio e vitamina D, vindos pela dieta ou suplementos, associados a medicamentos ativos no tecido ósseo, como os antirreabsortivos (que diminuem a destruição óssea) ou formadores de osso, que devem ser considerados para uso por tempo determinado ou a depender do quadro do paciente, conforme julgamento médico.

No dia 20 de outubro é comemorado o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, a data dedicada à conscientização, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença, que como já vimos podem desencadear dores crônicas e dificuldade de locomoção, podendo comprometer a independência da pessoa e com isso, queda na qualidade de vida.

Fonte – Ascom

Foto – Divulgação

 

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