Variedades

Pesquisa aponta discriminação contra minorias no comércio e na prestação de serviços

Promovido pela Central Única das Favelas (Cufa), Instituto Locomotiva e a UNESCO no Brasil, a série de webinários Fórum Data Favela teve na quarta-feira (1) sua terceira edição.

Com o tema “Economia, Periferia e Diversidade”, o encontro virtual discutiu como as minorias são mais vulneráveis às discriminações no comércio e na prestação de serviços.

Participaram do debate a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto; o CEO da Favela Holding e fundador da CUFA, Celso Athayde; o fundador e presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles; o apresentador Luciano Huck; o economista Armínio Fraga; o presidente da JR Diesel, Geraldo Rufino; o CEO das lojas C&A, Paulo Correa, entre outros.

O webinário apresentou a pesquisa “O mercado da maioria, periferia e diversidade como estratégia de negócio”. O levantamento aponta que 79% das pessoas consultadas, entre negros, mulheres e integrantes das classes C, D e E, disseram já ter sofrido algum tipo de constrangimento no comércio.

“Nós temos 210 milhões de brasileiros. Desses, 118 milhões são negros, 108 milhões mulheres, 165 milhões são da periferia, das classes “C”,”D” e “E”, e 15 milhões são homossexuais declarados”, destacou Renato Meirelles, que também abordou importância das marcas terem um posicionamento em relação ao tema.

“Para as marcas, o custo do erro aumentou muito. É preciso pensar muito mais antes de tomar uma ação. Pra não errar, é necessário encontrar o ponto de equilíbrio entre agilidade e coerência. Não existe mais espaço para declarar o que não se pratica. A diversidade funciona como estratégia: 98% dos consumidores não comprariam de marcas que não aceitam a diversidade”.

Parceiro da CUFA há 20 anos, o apresentador Luciano Huck disse acreditar que, ao final da pandemia, o Brasil será um país mais solidário e fraterno: “em três meses, o Brasil doou quase o dobro que doamos o ano passado inteiro: 0,2% do nosso PIB. Foram 6 bilhões doados pela sociedade civil. A pandemia iluminou nossas desigualdades de maneira exponencial. E a educação e o conhecimento são as armas mais poderosas que temos”.

Anfitriã do encontro, a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto, manifestou seu entusiasmo pelo fato de todos os convidados, sem exceção, terem destacado que só com a educação é possível transformar o país. “Quando me perguntam o que precisa para mudar o Brasil, eu respondo: são três coisas: educação, educação, educação. Países que se transformaram profundamente como a Finlândia e a Coreia do Sul, fizeram isso por meio de investimentos em educação”, finalizou.

 

Fonte – Unesco

Foto – Divulgação

temas relacionados

clima e tempo

publicidade

baixe nosso app

outros apps