As eleições da Costa Rica levaram ao poder, pela primeira vez, uma mulher negra na América Latina. Epsy Campbell Barr é a mais nova vice-presidente costarriquenha. Ela uma das fundadoras do Partido Accion Cuidadana (PAC) e tomará posse no dia 8 de maio. Ela foi eleita no último dia primeiro de abril pela chapa de Carlos Alvarado, que se tornou presidente da Costa Rica. Candidatos da centro-esquerda pelo PAC, Carlos e Epsy levantaram a bandeira da tolerância e dos direitos igualitários na corrida presidencial.
A eleita é uma das principais ativistas feministas e antirracistas da América Latina. Aos 54 anos, com formação em economia, a costa-riquenha Epsy Campbel preside o PAC, tendo sido eleita em 2002, a quinta deputada negra da Assembleia Nacional de seu país. Em sua atuação internacional de combate ao racismo e ao sexismo, fundou o parlamento negro das Américas e presidiu a Rede de mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas.
Junto a Carlos Alvarado, terá um desafio comum à grande maioria dos países latino-americanos: a ampliação da participação das mulheres, sobretudo negras, nas tomadas de decisões políticas. A eleição de Epsy fortalece o fato de mulheres estarem cada vez mais conquistando lugares de destaque na carreira política.
Mulheres na presidência da América Latina
A ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, foi a 11ª mulher a ocupar o cargo de presidente na América Latina, a oitava eleita. Dos 33 países da região, a Argentina já teve duas mulheres no governo. Bolívia, Haiti, Nicarágua, Equador, Guiana, Panamá, Chile e Costa Rica, tiveram uma mulher presidente.
María Estela Martínez de Perón, mais conhecida como “Isabelita” Perón, foi a primeira mulher a chegar à presidência na América Latina, na Argentina. Em 2015, a América Latina era a região com mais mulheres na carreira política, com um número maior de parlamentares do sexo feminino e cinco chefes de Estado.
Movimento Mulheres Municipalistas
O Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) criado da XX Marcha a Brasília, assumiu o compromisso de empoderar mais mulheres a se dedicarem a vida política no Brasil. Atualmente o Brasil soma 648 prefeitas eleitas. Deste modo, as mulheres representam menos de 12% dos cargos de líderes municipais, apesar de representarem 52% do eleitorado brasileiro.
Fonte – CMM