Entre os quase 56 milhões de alunos matriculados na educação básica e superior no Brasil, 35% (19,5
milhões) tiveram as aulas suspensas devido à pandemia de covid-19, enquanto que 58% (32,4
milhões) passaram a ter aulas remotas. Especialista em educação e tecnologia defende que governos
estaduais e rede particular se preparem para consolidar ensino remoto como opção definitiva.
O ano de 2020 imprimiu uma reconfiguração da educação e os professores tiveram que trocar a sala de
aula por telas virtuais. Mas, o grande desafio de 2021 será o retorno do ensino presencial. Segundo
pesquisa PoderData mostra que 76% dos brasileiros desaprovam a volta às aulas presenciais neste
momento. Só 19% acham que é hora de reabrir as escolas. Outros 5% não souberam.
O estudo revela majoritariamente um consenso da comunidade escolar pela permanência dos
estudantes em casa. A chegada do começo do ano, a falta de perspectiva rápida de vacinação total da
população brasileira, entre outros fatores, deve gerar uma onda de judicialização pelo Brasil inteiro para
retorno das aulas presenciais. É o que acredita Alfredo Freitas, que é diretor de educação e tecnologia
da Universidade Americana – Ambra University.
“A polêmica sobre a educação presencial em tempos de pandemia não deve diminuir este ano. Ao
contrário, deverá ganhar mais força à medida que os estados vacinam suas populações. O que teremos,
com clareza, é a necessidade dos governos estaduais e da rede privada de ensino se aprimorarem e
investirem em educação via internet como alternativa para não comprometerem o ano letivo de 2021 e
o aprendizado com as longas tramitações judiciais”, explica Alfredo Freitas.
O especialista está correto. Levantamento realizado pela Fundação Lemann sobre aulas durante
pandemia revela 86% dos pais querem que ano letivo de 2020 se repita este ano. Indo conta corrente a
iniciativa privada por exemplo foi a primeira a retomar as aulas presenciais em vários estados do Brasil.
E infelizmente o setor amargou um índice de rematrícula muito abaixo do esperado.
Dados de uma pesquisa do Grupo Rabbit, empresa de consultoria em gestão educacional, revela que o
setor de educação privado amargou uma queda de 30% o número de estudantes rematriculados em
escolas particulares neste ano, no período sazonal de setembro a 14 de novembro na comparação com
o mesmo período de 2019.
Segundo o especialista em educação e tecnologia, Alfredo Freitas, em 2020 o ensino online manteve o
ano letivo e só não apresentou melhores resultados em razão da falta de investimentos em internet e
recursos digitais. “Se os gestores públicos tivessem dado mais atenção e investimentos na educação via
internet nos últimos anos, os resultados da educação em 2020 poderiam ter sido ainda melhores. Não
há mais espaço para visão de atraso e preconceito com relação a esta modalidade de ensino”, afirma.
“A conectividade deve impulsionar ainda mais, nos próximos anos, o ensino a distância no Brasil. O setor
hoje tem crescido concomitantemente com conectividade e familiaridade dos usuários. O
Censo E.AD realizado recentemente pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), mostra
que o ensino superior a distância no Brasil já corresponde a 26% do número total de alunos no Brasil.
Números que não poderão ser ignorados isto também tem sido replicado nos outros níveis educacional
brasileiro.” afirma Freitas.
Alfredo Freitas é pós-graduado em ‘Project Management’ pela Sheridan College no Canadá, graduado
em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela
Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia
e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade
americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education
(Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com
histórico de revalidação de diplomas no Brasil.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação