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Sedecti participa da segunda edição virtual dos ‘Diálogos Pró-Castanha’

No intuito de debater sobre políticas públicas para a cadeia da castanha, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), por meio da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), participou da segunda edição virtual dos Diálogos Pró-Castanha, série de encontros realizada pelo Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA), nesta sexta-feira (23/04), e reuniu representantes do terceiro setor e dos Governos federal e estadual.

Durante a videoconferência, com o tema “Políticas Públicas para a Cadeia da Castanha: Situação Atual, Desafios e Perspectivas”, a secretária executiva Tatiana Schor mencionou propostas na área de educação e trabalho, tanto na parte de viveiro como na de tecnologia, para jovens que trabalham na cadeia da castanha.

Segundo ela, a ideia é “inserir temas como esses no Novo Ensino Médio e realizar maneiras de oferecer cursos de capacitação pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) para capacitar os jovens que trabalham na cadeia da castanha, para que possam depois ajudar suas respectivas famílias”.

O encontro foi conduzido pelo representante do OCA, André Machado. Ele explicou que o objetivo desses debates é melhorar a comunicação, a articulação e a cooperação entre os atores da cadeia. “É uma forma de aproximar os atores e aprimorar condições de produções, serviços e a regulação dessa cadeia”, acrescentou.

Ainda durante o evento virtual, Tatiana Schor destacou o projeto InovaSocioBio, que faz parte de um convênio entre o Governo do Amazonas, por meio da Sedecti, e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Com a ajuda do Mapa, criamos o InovaSocioBio pensando em trabalhar em três cadeias (castanha, pirarucu e guaraná) porque se trata de um projeto-piloto. Com ele, conseguimos um recurso com a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) para investimento em laboratórios, visando fortalecer, no Amazonas, laboratórios credenciados à certificação sanitária da castanha. Ou seja, estamos fortalecendo e criando um laboratório público para que as comunidades e associações ou quem precisar possam ter o seu teste, ver e monitorar a qualidade da castanha no estado”, ressaltou a secretária.

Evento – O encontro virtual do OCA também contou com a participação do diretor de Estruturação Produtiva do Mapa, Marco Pavarino, que mencionou a importância do debate sobre as políticas públicas para esse tipo de tema.

“As políticas públicas são fundamentais, não só para a agricultura familiar, mas também para o extrativismo e a biodiversidade. Podemos citar várias delas, por exemplo, a política de garantia de preços mínimos, que hoje é uma política consolidada e tem a importância reconhecida. As políticas, nas últimas décadas, são focadas em grandes aspectos, tais como a dos créditos e a de acessos ao mercado. Elas são focadas em estratégia e são pilares importantes da agricultura familiar”, esclareceu.

Ainda durante o evento on-line, o assessor técnico do programa Xingu, do Instituto Socioambiental, Leonardo de Moura, comentou sobre a relevância da produção da castanha.

“As cadeias produtivas no país dependem de políticas públicas. Quando a gente trata de bioeconomia e sociobiodiversidade, é bom lembrar o modo de vida dos povos da floresta e do pessoal do sociobio. É um modo diverso, geralmente eles não trabalham só com um produto da floresta, afinal existem os períodos de produção. E, se não levarmos em conta outras cadeias, a floresta pode não compensar. Por outro lado, a cadeia da castanha é importante por toda a economia que ela gera. É uma cadeia estabelecida”, concluiu.

InovaSocioBio Amazonas – O projeto de fortalecimento e inovação das cadeias da sociobiodiversidade tem como objetivo fortalecer as cadeias produtivas da castanha-do-Brasil, do pirarucu selvagem e do guaraná nativo.

O InovaSocioBio Amazonas visa a promoção de uma bioeconomia pautada na ciência e na tecnologia, buscando a interiorização do desenvolvimento, o fomento aos arranjos produtivos e de comercialização das cadeias de suprimento dos produtos da sociobiodiversidade e extrativismo, além da diversificação da matriz econômica do estado do Amazonas.

OCA – O Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA) é uma rede de organizações que atua para desenvolver a cadeia da castanha, produzindo conhecimento, inteligência e mobilização de atores para consolidar um mercado justo que valorize os povos e comunidades envolvidas e promova a conservação da floresta.

O OCA é resultado do trabalho de instituições, projetos e coletivos que já atuam com essa cadeia. Com a participação de diversos parceiros da Partnership for the Conservation of Amazon Biodiversity (PCAB), como Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Serviço Florestal dos Estados Unidos, entre outros. A entidade visa consolidar e fortalecer coletivos de empreendimento comunitários da castanha, promover conhecimento, disseminar informação e ser um fórum de diálogo.

 

 

Fonte – Semcom

Foto – Divulgação

 

 

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