Setor de Motocicletas Inicia 2018 com Estabilidade no Volume De Produção
As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) iniciaram 2018 com estabilidade nos volumes de produção: no primeiro mês do ano saíram das linhas de montagem 81.306 unidades, o que representa redução de apenas 0,4% na comparação com igual período de 2017 (81.646) e alta de 17,8% sobre dezembro (69.008). Os dados são da ABRACICLO, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. A estimativa do setor é de crescimento de 5,9% no volume a ser produzido em 2018.
O cenário foi mais positivo em vendas no atacado – para concessionárias –, com 71.967 unidades. No período, os negócios no atacado registraram avanço de 7,2% na comparação com janeiro de 2017 (67.136 unidades) e de 5% sobre dezembro (68.534).
Entre as categorias mais comercializadas, destaque para o segmento Street que aparece no topo do ranking, com 50,7% de participação (36.480 unidades); em segundo lugar está a Trail, com 22,9% (16.469) e em terceiro a Motoneta, com 13,5% (9.731). Já o Scooter ficou com a quarta posição (4.696), o que representa participação de 6,5%. Em quinto lugar, aparece a Naked com 1.898 unidades, o que corresponde a 2,6% do mercado.
Emplacamentos
Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), as vendas no varejo totalizaram 76.993 unidades em janeiro, alta de 13,9% sobre as 67.596 motocicletas emplacadas no mesmo período do ano anterior. O resultado mostra que este foi o melhor início de ano desde 2014, quando foram emplacadas 133.632 unidades. “Fazia três anos que as vendas não começavam com números positivos e isto evidencia que as projeções de retomada vão se consolidar ao longo de 2018”, comenta Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Houve uma redução de apenas 0,6% na comparação de janeiro do presente ano com dezembro passado, porém aquele tinha sido o mês com maior volume de vendas de motocicletas no varejo em 2017, totalizando 77.437 unidades.
Exportações
As exportações iniciaram o ano com crescimento expressivo de 42,6% em janeiro (8.227 unidades) na comparação com o mesmo mês do ano passado (5.769). Na confrontação com dezembro, a alta foi de 15,8% (7.107 unidades). A Argentina foi o principal destino das motocicletas embarcadas para outros países, com 6.478 unidades. Em seguida aparecem Austrália (448) e Bolívia (282 unidades).
Confira a seguir as características básicas das motocicletas de cada categoria:
Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.
Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.
Motoneta – motociclo tipo underbone, pilotado com o condutor na posição sentado, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.
Scooter – Motociclo pilotado com o condutor na posição sentado e dotado de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.
Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “sport”, sem a carenagem.
Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.
Off Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.
Custom – Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de estradeiras, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.
Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 centímetros cúbicos.
Touring – Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para a utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.
Fonte – Abraciclo