Tarifa Branca na energia anima os pequenos negócios no país

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Em andamento desde o início de janeiro, a nova modalidade de consumo de energia elétrica, denominada Tarifa Branca, ofertará taxas de preços mais baratos para usuários que consomem energia fora do horário de pico. A medida vai gerar economia no bolso do consumidor na hora de pagar a conta. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o modelo permitirá as pessoas adotarem hábitos que priorizem o uso de energia nos períodos de menor demanda como o horário da manhã, tarde e de madrugada. Apenas estabelecimentos que consomem uma média superior de 500 quilowatts por mês poderão aderir de imediato ao novo sistema.

O novo sistema surgiu como uma ótima alternativa para o cirurgião dentista Wilson Maia, proprietário de uma clínica odontológica. Em uma área comercial de 250 metros quadrados com três consultórios, uma sala de esterilização, um escritório e uma copa, o gasto mensal do empresário nas contas de luz gira em torno de R$ 2 mil. Com o novo modelo ele pretende reduzir os custos e economizar em até 30% no consumo de energia da empresa.

“Com o intuito de economizar até 30% no consumo de energia, procurei medidas para ajustar esses valores. Troquei os sete ar-condicionados de 20 mil BTUs da clínica, para os modelos ‘inverter’, mais econômicos. Tenho equipamentos que produzem muito aumento de temperatura como secadores e compressores e para mim será interessante aderir a esse novo sistema”, disse.

Pagando em média R$ 900 mensais na tarifa de energia produzindo blocos de papéis personalizados, o micro empresário, Dirlon Nascimento, aprova a iniciativa. Com três equipamentos de produção de grande escala, computadores e ar-condicionados, ele conta que o novo sistema contribuirá para manter o equilíbrio da saúde financeira da sua empresa, e consequentemente produzir de forma eficaz.

“Achei uma grande alternativa, principalmente para nós que temos um ritmo de produção muito acelerado. Procuro manter essa média de consumo para continuar mantendo a parte financeira equilibrada. No horário do almoço desligo todos os equipamentos, inclusive os ares-condicionados, caso contrário, no fim do mês a surpresa é grande. E agora vou procurar me informar para aderir ao sistema”, disse.

Já para o empresário Maycko Soares, dono de um restaurante, o sistema vai ajudar em parte a economia nos gastos, isso porque ele precisa manter diariamente freezers, geladeiras e equipamentos ligados para conservar alimentos e produtos que dependem de refrigeração. O gasto com energia elétrica do empresário varia de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil mensais.

“Para mim vai ser muito vantajoso, isso porque o horário de funcionamento e de maior movimento é pela manhã com café da manhã e almoço. Nesse período o gasto com ar-condicionado, balanças para pesar os pratos, televisores e iluminação é muito grande. O restaurante fecha geralmente às 14h, horário que peço para os funcionários desligarem os ares-condicionados e aparelhos que não estão mais sendo utilizados. No período da tarde, somente os freezers e os equipamentos de segurança como as câmeras ficam ligadas”, concluiu o empresário.

A Aneel estabeleceu a tarifa apenas para unidades residenciais, comerciais e industriais de baixa tensão. Enquadram-se no sistema estabelecimentos que consomem uma média superior de 500 quilowatts por mês. Em 2019, unidades com consumo médio superior a 250 quilowatts por mês terão suas unidades atendidas. E em 2020 para unidades de baixa tensão. Nos dias úteis, a tarifa branca tem três valores: ponta, intermediário e fora de ponta. Esses períodos são estabelecidos pela Aneel e são diferentes para cada distribuidora.

Saiba mais

De acordo com a Aneel, a adoção da tarifa é gratuita e é realizada junto a concessionaria local, que arcará com as despesas dos novos equipamentos instalados. Da mesma forma que é possível aderir, se o consumidor não perceber a vantagem, ele pode solicitar sua volta ao sistema tarifário anterior (tarifa convencional). A distribuidora terá 30 dias após o pedido para retornar o consumidor ao sistema.

Caso queira participar de novo da modalidade tarifária branca, o consumidor deverá cumprir um período de carência de 180 dias. Para aderir ao sistema, a agência explica que é necessário que o consumidor antes saiba qual é a média do seu gasto, e explica que a modalidade não se encaixa para clientes classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em Lei, e à iluminação pública.

Para ter certeza do seu perfil, o consumidor deve comparar suas contas com a aplicação das duas tarifas. Isso é possível por meio de simulação com base nos hábitos de consumo e equipamentos.

Em Manaus, para aderir à tarifa branca, os consumidores precisam formalizar sua opção junto à Eletrobras Amazonas Energia, localizada na rua 10 de Julho, Centro. Ou nas agências de atendimentos localizadas nos PACs (Pronto Atendimento ao Cidadão). Quem não optar por essa modalidade continuará sendo faturado pelo sistema atual. Para mais informações, o cliente pode acessar ao site da ANEEL:

 

Fonte – Jornal do Commercio

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