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Taxa Selic: especialista comenta projeções para 2022 e mostra como planejar as finanças para o futuro

Importante instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação do país, a Taxa Selic serve como referência para as demais taxas de juros aplicadas no mercado. Ela direciona os rendimentos dos principais investimentos em renda fixa e o valor cobrado pelos financiamentos e empréstimos, o que gera efeitos diretos na vida dos brasileiros.

Para quem deseja fazer de 2022 um ano mais vantajoso em termos de finanças, é importante entender como a Selic irá se comportar nos próximos meses. “Iniciamos 2021 com a Selic em 2%, e após sete altas consecutivas, terminamos o ano com a taxa em 9,25%, reflexo de um cenário de inflação bastante alta. Era fácil perceber, ao longo dos últimos meses, um forte aumento nos preços dos alimentos, combustíveis, vestuário, entre outros setores. Apesar das medidas de aumento da taxa básica de juros, a inflação continua em patamares elevados, o que deve gerar novos aumentos para 2022”, destaca a especialista da área de Investimentos do Ailos, Bruna Caroline Kloppel.

Para próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em fevereiro, o Banco Central já sinalizou um novo aumento de 1,5%. Se a previsão se concretizar, os juros chegarão em 10,75% ao ano. E, até o fim de 2022, de acordo com o último boletim Focus, divulgado em dezembro, a Selic deve chegar a 11,5% ao ano. Essa é uma má notícia para o crescimento econômico do país, mas uma medida necessária para o controle da inflação.

Quais investimentos se tornam mais atrativos?
Para quem investe, juros altos significam rentabilidade melhor com baixo risco. Para quem ainda não começou a fazer uma reserva financeira, esse pode ser um bom momento para começar a poupar, pois neste cenário não é preciso ter uma grande quantia para se beneficiar de uma boa rentabilidade.

Bruna explica que os produtos em renda fixa oferecidos por cooperativas financeiras e demais instituições financeiras costumam ter seus rendimentos indexados pela taxa do CDI, que caminha muito próxima da Taxa Selic. “Aplicações como RDCs e CDBs, que são a principal forma de captação das instituições financeiras, costumam remunerar seus investidores com um percentual do CDI (98%, 100%, 102%), com o aumento da Selic e do CDI. Consequentemente, as aplicações passam a remunerar melhor”, diz ela.

Mas e se a taxa de juros voltar a cair, há o risco de perder dinheiro nesse tipo de investimento?

A resposta é não. Em um cenário hipotético, vamos imaginar que em 2022 o Copom decida reduzir a Taxa Selic de 10% ao ano para 8% ao ano. Neste caso, um investimento indexado ao CDI irá render menos que hoje. No entanto, o investidor ainda será remunerado sobre essa nova taxa. “Nas aplicações em renda fixa, o principal risco está atrelado à credibilidade da instituição financeira onde você investe o seu dinheiro, então busque instituições sólidas e de confiança para investir”, recomenda Bruna.

Existe alguma dica especial para as finanças em 2022?

A sugestão para 2022 é se informar e pesquisar. Em cooperativas, como as do Sistema Ailos, por exemplo, que não visam lucro, há uma margem maior para trabalhar com taxas mais atrativas e, no final do exercício, além de atender a sociedade com melhores condições, devolver todo resultado positivo para os cooperados como forma de desenvolvimento social e econômico. “Nossa preocupação sempre foi orientar os cooperados e a comunidade em geral para que conseguíssemos, de alguma maneira, contribuir para o bem comum. Por isso que, em 2022, um de nossos pilares, a educação financeira, será trabalhado com mais força do que nunca, para que estejamos sempre atentos às mudanças e sejamos capazes de apoiar as pessoas da melhor forma”, finaliza Bruna.

 

Fonte – Portal do Cooperativismo Finaceiro

Foto – Divulgação

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