Trabalhos de pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental receberam destaque no 33º Congresso Brasileiro de Microbiologia, realizado entre os dias 25 e 28 de outubro de 2025, em Aracaju (SE). O evento reuniu pesquisadores, estudantes e profissionais da área, com a apresentação de cerca de 2 mil trabalhos científicos, segundo os organizadores.
A instituição foi representada por cientistas do Laboratório de Biologia Molecular, que, a partir deste mês, passa a se chamar Laboratório de Inovação em Microbiologia Aplicada da Amazônia (AmazonMicro-Biotech). A equipe teve 62 trabalhos selecionados para o congresso, reforçando o protagonismo da pesquisa científica desenvolvida na Amazônia.
Dentre estes trabalhos, dois receberam premiações. Para o pesquisador Gilvan Ferreira da Silva, coordenador do laboratório, essas premiações reforçam a relevância e qualidade das investigações científicas que vem sendo conduzidas. “Esses reconhecimentos mostram a relevância da ciência feita na Amazônia e o compromisso dessa equipe com o avanço do conhecimento microbiológico”, afirmou.
O trabalho “Abordagem genômica no estudo da diversidade e identificação de novas espécies de Paecilomyces da coleção CMIA-INPA”, apresentado por Sabrina Sinara Portela de Sousa, doutoranda do Programa de Pós-Graduação Bionorte (UEA) e bolsista na Embrapa Amazônia Ocidental, recebeu os prêmios Best poster Award – prêmio de melhor pôster oferecido pela American Society for Microbiology e prêmio de Melhor trabalho oral flash talks na área de coleções de cultura e taxonomia. Além de Sabrina Sinara Portela de Sousa (Embrapa Amazônia Ocidental / PPGBionorte–UEA), participaram deste trabalho Maria A. de Jesus (INPA), Samára F. Santos (UEA), Michel E. B. Yamagishi (Embrapa) e o pesquisador Gilvan Ferreira da Silva (Embrapa / PPGBionorte–UEA). O estudo analisou 156 depósitos de fungos do gênero Paecilomyces mantidos na Coleção de Microrganismos de Interesse Agrossilvicultural (CMIA-INPA). Foram identificadas espécies conhecidas e indicativos da presença de possíveis novas espécies ainda não descritas pela ciência. O trabalho evidencia o papel das coleções microbianas como repositórios estratégicos para a conservação da biodiversidade e para a bioprospecção de microrganismos com potencial biotecnológico.
Outro trabalho premiado foi “Genômica e atividade antifúngica de Serratia marcescens isolada de Leptodactylus intermedius na Amazônia”, desenvolvido por Beatriz Miranda Gomes, estudante de Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), bolsista de iniciação científica na Embrapa Amazônia Ocidental, sob orientação do pesquisador da Embrapa, Gilvan Ferreira da Silva, em parceria com a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Albertina Lima.
O estudo avaliou bactérias isoladas da microbiota cutânea de anfíbios amazônicos e identificou uma linhagem de Serratia marcescens com forte atividade antifúngica e um repertório genômico diversificado para a produção de metabólitos secundários, com potencial para uso em biocontrole agrícola e combate a patógenos. Participam deste trabalho como autores, além de Beatriz Gomes, Ingride J. S. da Silva (Ufam), Iohanna L. M. M. Viana (Ufam), Thiago F. Sousa (Ufam), Gleucinei dos S. Castro (UEA), Albertina P. Lima (Inpa) e o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental Gilvan Ferreira da Silva.
Todos os trabalhos seguem em execução no laboratório da Embrapa Amazônia Ocidental e são desenvolvidos em parceria com pesquisadores vinculados também ao Inpa, à Ufam, à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). As pesquisas contam com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq.
Fonte – Embrapa
Foto – Divulgação/Ascom




