O número de trabalhadores remotos vem crescendo a cada ano. De acordo com informações da revista Fortune, cerca de 43% dos funcionários dos EUA já trabalham fora do escritório pelo menos parte do tempo. Além disso, um novo estudo do Gartner prevê que, em 2020, o número de funcionários que atuam remotamente ultrapassará os 50% pela primeira vez na história.
Nesse novo cenário, contratar e reter os melhores talentos exige oferecer opções flexíveis. Por outro lado, ainda há grande dificuldade por parte dos gestores sobre como liderar equipes remotas. De fato, o trabalho remoto pode beneficiar o recrutamento e a produtividade, mas utilizar as técnicas de gerenciamento tradicionais para manter times fisicamente dispersos geralmente não é uma medida bem-sucedida.
Apesar de ainda ser necessário definir metas claras e ajudar a equipe a alcançá-las, há outros pontos responsáveis pela motivação dos funcionários. Para os especialistas, é importante se concentrar em três áreas fundamentais: comunicação, comunidade e desenvolvimento de carreira.
Comunicação
O recomendado é manter o contato mais fluido e espontâneo com a equipe remota. Os gestores precisam se acostumar a conversar por telefone, e-mail, chat ou chamadas de vídeo. Ao contrário do que acontece nos escritórios, onde é possível ter conversas casuais, é preciso reservar tempo para ter esse tipo de interação com os colaboradores fisicamente distantes. Esse hábito gera confiança, motivação e melhora o relacionamento do funcionário com a empresa.
Senso de comunidade
Pesquisas mostram que a produtividade é maior e a rotatividade é menor em empresas em que as pessoas sentem que estão conectadas a uma comunidade – e não trabalhando isoladamente. Mas como criar essa sensação quando os colegas estão distantes? Em geral, as empresas utilizam a tecnologia para resolver esse problema. Grandes companhias que vêm apostando no trabalho remoto criaram comunidades virtuais com notícias, boletins e eventos para fãs de esportes, por exemplo. Dessa forma, colaboradores com os mesmos gostos podem se conectar e criar relacionamentos como aconteceria presencialmente.
Desenvolvimento de carreira
Ao contrário do que acontecia anteriormente, quando se fala em treinamento e desenvolvimento deve haver a inclusão de todos os colaboradores, incluindo os remotos. Estudos recentes sugerem que o ganho de novas habilidades e desenvolvimento de carreira estão no topo das listas de desejos dos candidatos a vagas de emprego. Pensando nisso, especialistas sugerem que os gestores ofereçam, por exemplo, cursos de capacitação do LinkedIn ou sessões de coaching de carreira para os colaboradores remotos. Segundo os analistas, os funcionários remotos desejam contar com “treinadores”, alguém que os ouça e os aconselhe.
Há, entretanto, um paradoxo no trabalho virtual. Apesar de não ser possível sem novas tecnologias, as soluções tecnológicas isoladas não podem replicar a atuação dos gestores; afinal, a inteligência e o comprometimento humanos ainda são os fatores que mantêm a motivação e o engajamento das pessoas.
Fonte – Cio
Foto – Divulgação