A contratação de seguros de vida tem se tornado cada vez mais frequente entre os brasileiros. De acordo com o último levantamento anual realizado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) no ano passado, o segmento apresentou uma arrecadação de R$ 30,37 bilhões, o que representa um crescimento 12,4% em relação às contratações realizadas no ano anterior.
A procura por seguros pessoais e previdência privada também aumentou. Segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), em 2021 cerca de 53% da população pensava em contratar apólices de seguros, já em 2023 esse número subiu para 57%.
A especialista de seguros da Sicoob Cressem, Maria Alice Bustamante, explica que o aumento desse interesse por parte da população pode ser visto como um reflexo das grandes incertezas que a sociedade tem vivido nos últimos anos.
“Durante a pandemia da Covid-19 as pessoas se viram diante de um cenário que deixou claro que a morte pode vir a qualquer momento e que todos nós precisamos estar preparados para isso. As pessoas começaram a perceber que a aquisição de um seguro de vida é uma forma de se sentir mais confortáveis e com um suporte maior e melhor para o futuro diante dos imprevistos da vida”, comentou.
O seguro de vida é uma forma de proteger financeiramente os dependentes do segurado ou beneficiários, em caso de morte, minimizando o impacto financeiro daqueles que dependem dele em sua ausência.
“Essa é uma maneira de reduzir os impactos de eventualidades e permitir a manutenção do padrão de vida de uma forma mais rápida, já que mesmo que o segurado deixe uma herança para seus parentes, o inventário pode demorar e sua família precisar desses recursos para se manter neste período”, disse a especialista.
O que muitos não sabem é que as apólices de seguro também podem incluir coberturas que protegem o próprio segurado, como em casos de doenças graves, invalidez ou incapacitação temporária.
A segurada Marluce Menoli, de 64 anos, é uma das beneficiárias desse tipo de seguro. Ela conta que anos depois de contratar o seguro para doenças graves foi diagnosticada com câncer de endométrio e esse benefício foi fundamental para sua tranquilidade durante esse período difícil.
“Foi um alívio muito grande saber que o seguro está ali para me ajudar. Não pensamos no pior quando fazemos o seguro, mas temos que pensar. Você nunca sabe o que pode acontecer. Hoje você está bem e amanhã pode não estar. Eu sempre tive seguros e cheguei a cancelar, pensava que era bobeira, mas hoje recomendo para todos. É um dinheiro que você geralmente gasta com coisas banais e que você pode usá-lo para o que realmente importa.”, comentou.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação




