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Criação de tambaqui é apontada como símbolo do novo modelo de desenvolvimento da Amazônia

“O maior inimigo do meio-ambiente é a miséria, a pobreza e a falta de emprego. E a piscicultura, com o cultivo do tambaqui, é uma das vertentes de crescimento da nova Amazônia verde e um símbolo do novo Brasil próspero, que gera emprego”, anunciou o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa. O comentário ocorreu na noite desta terça-feira (6), durante o lançamento da primeira edição do Festival do Tambaqui, na sede do Sebrae, em Brasília. O evento contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro; do governador de Rondônia, Marcos Rocha, entre outras autoridades.

Segundo o secretário Carlos Da Costa, a criação do tambaqui em cativeiro representa um novo modelo de crescimento que o governo está implementando na Amazônia. “Estamos gerando emprego, em bases sustentáveis, como exemplo para o mundo”, comentou. Para Carlos Da Costa, a piscicultura não é uma alternativa à zona franca de Manaus, mas uma ação complementar para o crescimento da região e proteção da Amazônia. “Proteção nossa e não de nenhuma potência estrangeira”, acrescentou.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, presente à abertura do Festival, ressaltou que os pequenos negócios são o principal caminho para o desenvolvimento do Brasil. Melles citou números comparativos com outros países, onde as micro e pequenas empresas, assim como no Brasil, representam cerca de 99% dos empreendimentos e geram 50% dos postos de trabalho. “Entretanto, quando observamos a participação dos pequenos negócios no PIB, a diferença é gritante. Enquanto em outros países as pequenas empresas respondem por 50% da economia, no Brasil, elas somam apenas 27% do PIB. A mesma disparidade é encontrada na exportação”, comenta o presidente do Sebrae. Segundo Carlos Melles, o aumento da produtividade dos pequenos negócios pode contribuir para que a economia do país dê um salto de 4% ao ano. “O caminho para o desenvolvimento passa pelas MPE e o Sebrae está pronto para ajudar”, acrescentou.

O secretário da Pesca, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Seif, comentou que o principal desafio da pasta é produzir mais peixe e ampliar o consumo de pescado pela população. “O brasileiro come o panga, do Vietnam; o camarão, do Equador; o salmão, do Chile; a polaca, da Rússia, mas não consome o tambaqui da Amazônia”, comentou. Segundo ele, o Festival do Tambaqui é um primeiro passo para mudar essa realidade. “Estamos lutando para aumentar a produção e melhorar as condições econômicas do estado”, afirmou o governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltando o estado é o maior produtor de peixes nativos em cativeiro do Brasil.

O governador do Amazonas Wilson Lima, enfatizou que o evento procurou incentivar o consumo e a produção de peixe no país. Os dados apontam, afirma o governador que o Amazonas é um dos um dos maiores consumidores de peixe do mundo.

Wilson relatou também que o estado do Amazonas ocupa a segunda colocação como maior produtor de pescado do país. O tambaqui é um dos mais consumidos. Só a capital consome em média 50 mil toneladas por ano. “Nosso desafio é aumentar a nossa produção e isso passa pelo desenvolvimento de tecnologias e incentivo à piscicultura e à pesca artesanal”.

Churrasco de tambaqui

O Festival do Tambaqui promoveu, nesta quarta-feira (7), na Esplanada dos Ministérios, um churrasco com seis toneladas de carne do pescado da Amazônia. A iniciativa da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura e do governo de Rondônia contou com o apoio do Sebrae. A população que compareceu ao churrasco pode degustar o pescado mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.

Fonte – Sebrae

Edição – Coopnews

Foto – Divulgação

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