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Escolas na Amazônia e os projetos agroecológicos com a comunidade local

Junto com o projeto Escola Família, a comunidade incentiva os jovens a irem para escola, preservar o local onde vivem e ainda aprendem utilização de recursos para conservação e plantio de maneira natural e sustentável.

Junto com o projeto está o Instituto Interelos – uma associação sem fins lucrativos fundada em 2017 pelo administrador de empresas e antropólogo Aerton Paiva. A organização atua no campo da socioeconomia, executando o planejamento, estruturação e implementação de cadeias de valor com base extrativista.

A instituição trabalha com associações produtivas no interior do Amapá, principalmente no Arquipélago do Bailique.

A Associação Escola Família Agroecológica do Macacoari

De acordo com a comunidade, o modelo de Escola Família da região é baseado na pedagogia da alternância onde o aluno passa 15 dias na escola e 15 dias em casa – devido à dificuldade de deslocamento do local – logística.

Além das aulas teóricas, os alunos também têm ensino de plantio de frutas e verduras dentro do ensino de educação ambiental. Os jovens aprendem a utilização dos recursos de forma natural e sustentável, preservação do meio ambiente, conservação da biodiversidade e conscientização de todo o local onde vivem. Pois de acordo com os moradores, vários estudantes saem da comunidade para estudar na cidade e com esse modelo de ensino – Escola Família – eles permanecem em suas casas e aprendem a importância de preservação.

Personagens

Além dos alunos da comunidade, que podem falar de como o projeto incentiva os estudos e apoia a comunidade local, temos também a professora Kelly que é a primeira doutora da família. Sua família é do campo e passou por dificuldades de acesso à escola. Devido a dificuldade de local, de acesso à escola, Kelly precisou estudar na cidade e ficar longe dos familiares.

Após terminar os estudos, Kelly passou no concurso como professora e dois anos depois fez doutorado no Pará. Hoje é uma das incentivadoras do projeto.

Raimunda Kelly Silva Gomes

Professora de educação do campo, assumiu a pró-reitoria de extensão da Universidade Estadual do Amapá. Relação próxima das escolas famílias. “Em 2018, quando assumi a pró-reitoria, chamei as lideranças para conversar, para fazermos acordos de cooperação técnica. Entre a universidade e as duas escolas famílias.

Estabelecemos metas entre as organizações

Fizemos esse plano e começamos a levantar algumas demandas. Em 2019 eles estavam fechando as escolas por falta de professor e criamos um programa de professor voluntário. Foram as únicas duas escolas que não fecharam, que concluíram o ano letivo. De lá para cá começamos a fazer acompanhamento pedagógico, adaptar para um olhar mais pedagógico do território, utilizando as cadeias de valor como material pedagógico.”

As escolas são comunitárias, seguem diretrizes do MEC e do conselho municipal de educação, mas quem mantém são as associações. Tem acordo de fomento com o governo do Estado para pagamento de folha. A manutenção não é automática, há uma rede de parceiros para manter o sistema. Os pais pagam 20 reais por ano. E ajudam com açaí, com os materiais que produzem como farinha.

 

Fonte – Ascom

Foto – Divulgação

 

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