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Indígenas relatam violência e genocídio em evento público e gratuito

Nesta quinta e sexta-feira, 29 e 30 de abril, a Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI) promove o seminário “Violação dos Direitos e Genocídio no Amazonas”, em alusão ao mês de luta e resistência dos povos indígenas, o Abril Indígena. O evento é gratuito e será transmitido a partir das 8h pelo canal da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) no , entidade parceira do coletivo. Apoiam ainda o evento, o Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas (Foreeia) e o Acampamento Terra Livre.

De acordo com documento da Famddi, a contabilização dos números, que já ceifou 306 vidas humanas indígenas somente no estado do Amazonas, não traduz a realidade de violações vivenciadas pelos povos indígenas que se acentuaram com a pandemia de Covid-19.

“Diante desta realidade absurda fazem-se necessárias reações contundentes de indignação, de denúncia e de condenação dessa barbaridade, mas, sobretudo, de responsabilização do Estado e seus agentes por estas práticas criminosas de genocídio”, diz trecho do documento.

Por isso, serão feitas escutas a partir de depoimentos e testemunhos sobre processos de genocídio em curso no Amazonas, por meio de organizações indígenas, indigenistas e de defesa dos direitos humanos, e também dos próprios indígenas.

De acordo com o professor Gersem Baniwa, um dos organizadores do evento e membro da Famddi, os relatos subsidiarão a elaboração de um dossiê temático com propostas concretas que serão apresentadas junto aos tribunais nacionais e internacionais de direitos humanos, em busca de responsabilização do Estado e seus agentes por estes atos contra a humanidade.

“Temos o foco especifico em relação à violação de direitos indígenas. Queremos mapear casos que poderiam ser tipificados como genocídio”, afirmou. Os relatos estão concentrados no primeiro dia. No segundo, serão formadas duas mesas de debate pela manhã com temática técnica e composta por diversos advogados e juristas, entre eles Paulo Pankararu, advogado indígena Pankararu, advogado da Rede de Advogados Indígenas do Brasil; Déborah Duprat, advogada e jurista, ex-subprocuradora Geral da República e ex-procuradora Geral da República Interina; Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional – Brasil; e Ana Valéria, superintendente do Fundo Brasil de Direitos Humanos.

 

Fonte – Ascom

Foto – Divulgação

 

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