O peixe é um dos recursos naturais mais abundantes da região amazônica. No Amazonas, o pescado representa uma das principais fontes de proteína para consumo da população. Pirarucu, surubim e aruanã são algumas das espécies mais apreciadas pela população de três municípios amazonenses. É o que aponta nova edição do Boletim do Desembarque Pesqueiro, do Instituto Mamirauá. A publicação reúne dados coletados em Tefé, Fonte Boa e Santo Antônio do Içá sobre o volume total de peixes desembarcados, produção mensal, principais espécies, preço médio de venda, principais áreas de origem e tipo de embarcação e apetrechos utilizados pelos pescadores. Os resultados do monitoramento estão disponíveis aqui.
Essa é a primeira vez que a unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) divulga dados coletados em Fonte Boa e Santo Antônio do Içá. Desde 1992, o instituto realiza o monitoramento do desembarque pesqueiro na região de Tefé, no Médio Solimões. Em 2017, devido aos bons resultados alcançados, a experiência foi expandida para mais esses dois municípios amazonenses.
“Com a expansão do monitoramento, teremos uma noção da importância dessas duas novas áreas para atividade de pesca. Os dados que temos até o momento já nos mostram a relevância dessas áreas para a pesca e a importância de seguir com o monitoramento”, afirmou a técnica do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá, Pollianna Ferraz.
Porque monitorar
De acordo com a técnica, a iniciativa é uma importante ferramenta para conservação dos recursos pesqueiros na região. “Através do monitoramento conseguimos avaliar o desenvolvimento da atividade pesqueira. Se aumentou, diminuiu ou se manteve estável. A partir dessas informações, é possível demandar políticas públicas voltadas para área de pesca considerando o contexto local”, explicou.
As informações são coletadas diariamente em pontos de desembarque dos três municípios. Pollianna ressalta a importância da contribuição de pescadores da região, associações e colônias, além de frigoríficos. “Esse trabalho não poderia ser realizado sem a colaboração de cada um deles que tiram um pouco do seu tempo, muitas vezes logo após voltar da pesca, para nos fornecer as informações”, disse. Os resultados podem ser consultados no boletim disponibilizado no site do Instituto Mamirauá, ou em banners, expostos em locais de fácil acesso para os pescadores da região.
Fonte – Mamirauá
Foto – Divulgação