Pelo menos 39% das residências ainda não estão conectadas à internet, segundo pesquisa Acesso às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) Domicílios 2017. Isso representa mais de um terço dos domicílios brasileiros e cerca de 27 milhões de residências desconectadas. De acordo com os dados divulgados pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), nesta terça-feira, 24 de julho, outros 42,1 milhões acessam a rede via banda larga ou dispositivos móveis – celulares.
O índice de residências sem acesso é maior nas classes D e E: 70%. Na classe A, 99% dos domicílios têm alguma forma de acesso, na classe B, 93% e na classe C, 69%. No entanto, a pesquisa mostra que, ao longo dos últimos quatro anos, o acesso à internet vem se expandindo especialmente através das redes móveis. Em 2014, 43% dos domicílios não tinham computador e nem acesso à internet. Outros 43% tinham ambas tecnologias. Na pesquisa, com informações do ano passado, o índice de residências sem computadores ou conexão reduziu para 34.
Às residências que têm apenas internet, subiu de 7% para 19%, de 2014 para 2017. Na Região Norte, 51% dos domicílios com acesso à rede estão conectados com tecnologia móvel. No Sudeste, o porcentual é de 24% e no Sul, 18%. Na classe A, o índice de acesso via tecnologia 3G ou 4G é de 8%. O índice chega a 48% nas classes D e E. A pesquisa indica que o preço das conexões de banda larga é um dos motivos que leva parte dos usuários a acessarem a internet somente a partir das redes móveis.Canaltech
Conexão
Para promover a universalização da internet banda larga no país e reduzir o número de casas sem conexão, A Confederação Nacional de Municípios (CNM) apoiou o programa Internet para Todos. Em abril deste ano, a entidade comemorou a possibilidade de cadastro com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e assinatura de termo de adesão para que o benefício chegasse em todo território.
A Confederação reconhece que a redução da desigualdade nesse aspecto ainda é um desafio, mas os gestores locais têm se empenhado para promover acesso à internet de qualidade a população, sem deixar de atender as demandas de educação, saúde e todas as outras áreas. O tema ganhou destaque no Boletim CNM, edição de abril deste ano.
Fonte – ABr
Foto – Divulgação