Considerando os últimos 12 meses até setembro, os três estados do Sul obtiveram receita de R$ 26,31 bilhões, contra R$ 22,35 bi do mesmo período anterior, o que correspondeu a um crescimento de 17,6%. A evolução do faturamento das farmácias em todo o país foi de 13,7%.
A região vem se destacando no ranking do varejo farmacêutico, com cinco redes entre as top 20 do setor. A lista inclui Farmácias São João, Panvel, Clamed, Farmácias Associadas e Drogaria Nissei.
O Rio Grande do Sul, quarto maior estado do Brasil em vendas, chegou pela primeira vez aos dois dígitos e apresentou alta de 14,19%, mas Santa Catarina encabeçou a evolução percentual – 22,8%.
“São localidades muito marcadas pela existência de lojas de bairro, que ganharam relevância no período da pandemia. Além disso, as redes sulistas conseguiram modernizar rapidamente os canais digitais e encontraram um público consumidor disposto a abraçar as compras online”, avalia Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up International.
DNA local do Norte acelera farmácias no Brasil
Já o Norte do país apresenta incremento de 15,55% e também puxa o crescimento das farmácias no Brasil. O Amazonas e o Tocantins tiveram incremento superior a 20%, enquanto Roraima foi o líder na evolução percentual, com 32,78%.
O potencial dos sete estados da região vem despertando o olhar de grandes redes. No fim do ano passado, por exemplo, a RD – RaiaDrogasil fincou bandeira nas capitais Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Rio Branco (AC), o que marcou a chegada da companhia a 100% das unidades da Federação. Na Pague Menos, o Norte responde por 10% dos PDVs. Mas é o DNA local que vem fazendo a diferença.
Embora ainda representem 43% do faturamento do canal farma regional, as redes vêm perdendo share desde 2017, quando ostentavam uma representatividade de 52%. Um sinal claro da dificuldade que grandes grupos encontram para fixar suas marcas no Norte do país. O Grupo Tapajós, no entanto, vem sendo uma exceção e, após superar o primeiro bilhão de faturamento em 2021, prevê R$ 40 milhões em expansão no próximo ano.
As farmácias independentes, que respondiam por 41% do volume de negócios há cinco anos, tiveram uma queda bem discreta e passaram a totalizar 37% do mercado. E parte desses PDVs encontrou uma saída promissora ao aderirem ao modelo de franquia e associativismo – cujo share saltou de 7% para 19%.
“O crescimento das farmácias do Norte está fortemente associado aos efeitos da pandemia. Mas a saturação de outros mercados mais tradicionais, como Sudeste e Nordeste, ajuda também a explicar os resultados”, comenta Paiva. O Nordeste, inclusive, teve alta abaixo da média do país.
Crescimento percentual das farmácias no Brasil por região
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação