Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) concluiu que o salário mínimo ideal para maio seria R$ 5.351,11. O cálculo é baseado no gasto necessário para sustento de uma família com dois adultos e duas crianças, e o consumo da cesta de alimentos mais cara do país, a de Porto Alegre (RS).
Para o relator da medida provisória que fixou o piso de 2021 em R$ 1.100, senador Luiz do Carmo (MDB-GO), os empresários e o setor público não suportariam um valor superior ao atual.
Já o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a retomada da política de valorização do salário mínimo, extinta em 2019.
Uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que salário mínimo ideal é de R$ 5.351,11 no mês de maio. Esse valor é quase cinco vezes maior do que o atual piso nacional.
Para chegar a esse valor o Dieese realiza uma pesquisa sobre o custo da cesta básica em 17 capitais brasileiras.
O órgão também estima o tempo médio de trabalho necessário para comprar a cesta básica por parte do trabalhado. Para o mês de maio foi necessário trabalhar por 111 horas e 37 minutos.
A legislação brasileira reconhece que o mês comercial tem 5 semanas. Isso significa que o trabalhador com jornada de 44 horas semanais soma 220 horas ao final de cada mês.
Os cidadãos que recebem o salário mínimo, fazem a contribuição de 7,5% para a Previdência Social comprometem em média, 54,84% do salário com a compra de alimentos básicos para cada pessoa adulta.
Mesmo com esses dados, o salário mínimo em 2022 deve passar a R$ 1.155.
O aumento deve ser de 5,05% em relação ao valor pago em 2021. Com esses dados o aumento proposto deve ficar abaixo da inflação e não garante o poder de compra dos brasileiros.
Se aprovado dessa maneira, será a terceira vez que o salário mínimo não terá aumento real.
Fonte – Agência Senado
Edição e Redação – Coopnews
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