Está na hora de fazer as malas e partir para temporada de cruzeiros 2023/2004 que começa nesta quarta (25) e promete ser ainda maior que a anterior. A expectativa do setor, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil), é criar mais de 80 mil empregos no país e gerar um impacto de mais de R$ 5 bilhões na economia nacional, com o envolvimento de 877 mil cruzeiristas, 74 mil a mais do que a anterior, batendo um novo recorde.
Com quase sete meses de navegação, o período de navegação dos navios turísticos no país movimenta todo o setor, beneficiando o comércio varejista, restaurantes, compras, presentes, alimentos e bebidas, além do transporte antes e após a viagem e passeios turísticos.
“Esse segmento potente movimenta não só o turismo náutico, mas toda uma cadeia que tem relação direta e indireta com os cruzeiros, por proporcionar ao turista a possibilidade de conhecer diferentes destinos, promovendo a circulação da renda e fomentando empregos locais”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
A temporada segue até 7 de maio de 2024 e contará com um grupo de nove navios que partirão dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos (SP), além do estreante Porto de Paranaguá (PR), e percorrerão por 212 roteiros e com 763 escalas.
No total, serão 18 destinos: Angra dos reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Porto Belo, Recife, incluindo Buenos Aires, Montevidéu, Punta del Este e os portos de embarque e desembarque, além da possibilidade de escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, e do trabalho um pouco mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória (ES).
Também reforça o retorno do Brasil como rota de importantes companhias marítimas internacionais, com 35 navios de longo curso, que farão paradas em 45 destinos localizados em 15 Estados brasileiros, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio Grande do Sul, com grandes expectativas de geração de impacto econômico para a economia nacional.
“Os cruzeiros oferece, não só a possibilidade de conhecer o que o Brasil tem de melhor, navegando na nossa costa, mas uma movimentação importante de turistas para a economia brasileira e na geração de empregos”, enfatizou Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil.
EMPREGOS -Na temporada 2022/2023 foram gerados 79.567 postos de trabalho na economia brasileira, o que representa um resultado 3,5 vezes superior ao apurado na temporada anterior. Com a expectativa de crescimento desse ano, a projeção é de superar novamente a meta alcançada na temporada passada.
SUSTENTABILIDADE -A preocupação com o meio ambiente é foco em diversos setores econômicos em todo o mundo, por isso, segundo a CLIA, a indústria de cruzeiros marítimos tem realizado investimentos e implementado diversos mecanismos para a redução de poluição e melhorias de eficiência na operação dos navios. Nesse sentido, muitas companhias marítimas têm estabelecido metas ambiciosas e trabalhado para zerar a emissão de carbono até 2050.
Temporada de Cruzeiros no Amazonas
Uma parceria entre a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), e a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), calculam que mais de 25 mil turistas em 19 navios cruzeiros vão passar pela pela capital do Estado.
Pata o diretor-presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso, na temporada de cruzeiros 2022/2023, Manaus recebeu 17 navios e o fluxo de aproximadamente 18 mil turistas, o que possibilitou um incremento de R$ 101 milhões na economia, além de um novo fôlego para o setor, prova disso é que Manaus entrou na lista mundial dos melhores destinos turísticos de 2023 da revista norte-americana The New York Times.
Seca no Amazonas
A seca dos rios está impactando as viagens de barco no Amazonas, deixando mais longas e difíceis.
A Portaria Nº 158/CFAOC, publicada pela Marinha do Brasil no dia 18 de agosto, determinou que os trechos mais propícios a ocorrências de encalhamento durante a seca incluem somente a passagem do Tabocal e foz do Enseada, nos rios Madeira, Solimões, Amazonas e a foz do Purus.
Para esses trechos, a Marinha determinou que a navegação pelos pontos críticos mencionados deve ocorrer apenas durante o período diurno, quando a profundidade local atingir um valor igual ou inferior a 1,5 vezes o calado do navio. As medidas buscam minimizar os riscos de acidentes e outras ocorrências.
O calendário desta temporada de cruzeiros poderá sofrer alteração em caso de recessão acentuada do rio Amazonas, porta de entrada dos navios cruzeiros, que vêm de Macapá (AP).
Fonte – Mtur/Manauscult/Amazonastur
Edição – Coopnews
Foto – Divulgação