Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) sobre o consumo virtual indica que o hábito de comprar comida pela internet tem um alto índice de satisfação: cerca de 96%. De acordo com o estudo, 23% do consumidores virtuais já fizeram pedidos de comida pela internet e, entre esses, 6% relataram problemas e 23% fizeram pelo menos uma compra no último ano.
Esse número aumenta ainda mais entre classes A e B, onde 31% compraram ao menos uma vez, e entre os mais escolarizados, com 33%. De acordo com o SPC Brasil, quase metade das compras (44%) é feita em sites nacionais e os sites de compra coletiva tiveram uma participação expressiva (36%).
Quando analisado o valor gasto na última compra feita, a média é de R$ 73,00, aumentando para R$ 93,00 entre os entrevistados com 35 a 49 anos, e R$ 108,00 entre os consumidores virtuais com segundo grau completo.
Ainda que o índice de satisfação com a compra delivery seja alto, 15% dos consumidores virtuais afirmaram na pesquisa que nunca comprariam comida pela internet. Segundo o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o fator presencial tem muita importância nesse aspecto:
– Quando o assunto é comida, é essencial sentir o cheiro, além de toda a experiência de estar no ambiente, seja um restaurante, food-truck, feira de rua, etc.
De acordo com a pesquisa, as principais justificativas para a rejeição são: a necessidade de experimentar/cheirar antes de comprar (36%), o receio de que o produto seja diferente do anunciado (27%), ou ainda que seja danificado no transporte (25%).
Foram ouvidas 676 pessoas das 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, de todas as classes sociais e que já fizeram alguma compra virtual. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais e a confiança é de 95%.
Setor tem crescimento de 12,4% em julho de 2015 influenciado por abertura de lojas
Monitoramento mensal realizado pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB) – o Índice de Desempenho Foodservice (IDF), composto por informações de vendas efetivamente realizadas pelos associados do IFB – mostra que, segundo os associados do Instituto, o crescimento nominal de vendas, ou seja, sem descontar a inflação, do setor de foodservice foi de 12,4% no mês de julho de 2015 quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, influenciado principalmente, pela contribuição de vendas de novas lojas abertas no período. Já o crescimento de vendas nominal no conceito mesmas lojas foi de 5,5%, atestando a importância da abertura de lojas para o desenvolvimento do segmento.
– O indicador do IFB apurou também crescimento do número de transações (visitas aos restaurantes) de 4,2%, por outro lado, no conceito mesmas lojas houve queda de -2,4%, sinalizando redução na frequência de visita aos estabelecimentos. O tíquete médio por sua vez apontou leve alta de junho para julho de 2015, fechando em R$ 25,20 – comenta Tupa Gomes, presidente do IFB.
Os associados apontaram que o repasse da inflação em seus estabelecimentos foi menor que a inflação apurada pelo IPCA (IBGE). As empresas informaram que o aumento de preços foi de 8,4%, enquanto que o IPCA total de julho (acumulado de 12 meses) foi de 9,56% e o IPCA de Alimentação Fora do Lar foi de 10,4%.
O ritmo de abertura de lojas continua expressivo, com crescimento de 12,6% no número de lojas na média dos últimos 12 meses. Em julho/2015, a evolução foi de 9,8%.
O segmento do chamado “foodservice” (alimentação fora do lar) foi e continua sendo um importante elo do desenvolvimento econômico brasileiro. A pujança do setor fica evidente ao observarmos o crescimento entre 2011 e 2014, de R$ 121 bilhões para R$ 157 bilhões, médio anual acima de 9%.
A participação no gasto das famílias com alimentação saltou de 24,1% em 2002 para 33,3% em 2014, para efeito de comparação, a participação desse segmento no mercado norte americano é de 49%.
Diversos fatores explicam a aceleração do setor, mas os principais foram o crescimento da renda das famílias brasileiras, maior participação das mulheres no mercado de trabalho, aumento do número de estabelecimentos, melhoria da oferta e mudanças nos hábitos de consumo dos brasileiros, que buscam cada vez mais conveniência.
Fonte – Monitor Mercantil