Um total de 520 extrativistas de borracha natural dos municípios de Anajás, Melgaço e Portel – localizados no arquipélago do Marajó – já foram treinados para atuar como multiplicadores das ações do projeto Reativação dos Seringais Nativos do Arquipélago do Marajó – “Marajó Sustentável”.
A iniciativa do governo do Estado é executada por uma missão interinstitucional formada pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap) e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) com a participação do Banco da Amazônia (Basa).
Na reunião virtual realizada, na quarta feira (19), a instituição bancária apresentou os orçamentos definidos e iniciou a construção de uma agenda de compromissos com metas, calendário de atividades, responsabilidade e prazos focados na realização de financiamentos ao abrigo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar(Pronaf) em apoio ao projeto
Do quantitativo de produtores atendidos pela ação, 160 são de Melgaço, 160 de Anajás e 200 de Portel. O Projeto “Marajó Sustentável”, lançado em novembro de 2022 pelo Governo do Pará, capacita extrativistas para a cadeia produtiva da borracha – da extração à comercialização.
Os trabalhadores ampliam a renda sem precisar devastar a floresta e com isso, como destaca o titular da Sedap, Giovanni Queiroz, todos saem ganhando: o extrativista, as famílias que dependem da atividade e a natureza. Durante esta semana, o gestor esteve reunido com os diretores e gerentes das diversas áreas de trabalho da secretaria para fazer um alinhamento das ações realizadas no ano em curso e as previstas para o próximo ano.
Entre as ações apresentadas durante o encontro, o gestor ressaltou o “Marajó Sustentável”. De acordo com Queiroz, o projeto trabalha com o conceito da bioeconomia e sustentabilidade sendo uma importante iniciativa que oferece recursos para o sustento das famílias que vivem dos seringais. “A meta é elevar a renda familiar de meio salário para três salários mínimos e com isso oferecer mais condições dignas de sustento para essas famílias, e já foram inclusas na ação as famílias de Melgaço e Anajás além de Portel”, informou o secretário.
Financiamento – O engenheiro agrônomo Ozias Aquino, do Núcleo de Planejamento da Sedap, que acompanhou a missão interistitucional nos municípios do Marajó para a execução de ações do projeto, informou que capacitações e visitas técnicas de prospecção conjunta em áreas de seringais nativos nos municípios atendidos, entre os quais, Anajás e Breves, passando pela Reserva Extrativista de Mapuá, Região de Integração do Marajó – foram algumas das ações realizadas este ano.
A reunião virtual realizada no último dia 19, como explicou o engenheiro agrônomo, objetivou definir um orçamento de aplicação para estimar os custos de produção para a exploração sustentável dos seringais nativos e a inclusão no RIS – Relatório de Informações Semestrais e o BDAgro – Banco de Dados do Agronegócio do Banco da Amazônia, para a possibilitar aos ribeirinhos do Marajó acessarem financiamentos de investimentos e custeios para esta atividade.
“Esses aderentes, depois de treinados (pelos multiplicadores) , para iniciarem a produção, precisarão ser contemplados pelo crédito rural, cuja operacionalização carece do financiamento que será viabilizado pelos sistemas de produção construídos pela missão e sistematizados pelo Basa, para implementação pelos extensionistas da Emater”, observou Aquino.
A reunião virtual contou com a participação de extensionistas de escritórios locais da Emater,incluindo o Escritório Regional do Marajó, representantes da gestão do projeto “Marajó Sustentável”, da coordenação do Núcleo de Planejamento da Sedap, analistas do Basa das agências de Macapá e Abaetetuba, além da coordenação técnico científico da instituição bancária.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação