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Mapa e Fiocruz promovem capacitação virtual sobre plantas medicinais

Fortalecer e aprimorar as cadeias de plantas medicinais para alimentos, cosméticos e fitoterápicos, impulsionar o acesso a mercados e o desenvolvimento da bioeconomia. Esses são os objetivos da “Oficina Virtual de Capacitação do Projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais” promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Devido à pandemia, a edição de 2020 está sendo realizada virtualmente, por meio de videoaulas. Com 517 inscritos, as atividades tiveram início no dia 22 de setembro e encerram neste domingo (8).

As videoaulas e os materiais de apoio continuarão disponíveis e com acesso livre para os interessados no tema. São mais de cinco horas de capacitação divididas em 20 vídeos com conteúdo sobre boas práticas de cultivo e manejo, farmácias vivas, legislação fitossanitária, políticas públicas e acesso a mercados diferenciados.

>> Clique aqui para assistir as videoaulas da capacitação sobre plantas medicinais

A capacitação é voltada para pequenos agricultores, agricultores familiares, extrativistas, indígenas, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, empreendimentos da agricultura familiar, agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), profissionais de saúde, profissionais de educação e pesquisadores.

“As atividades ocorrem no âmbito do projeto ArticulaFito, que tem esse objetivo maior de trabalhar a inserção de agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais nessas cadeias de valores das plantas medicinais”, ressalta o coordenador-geral de Extrativismo da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Marco Pavarino.

A agricultora familiar e educadora do campo Ana Alice Pereira, da Cooperativa Agropecuária dos Produtores Familiares Irituienses (D’irituia), localizada no nordeste paraense, conta que não perdeu uma videoaula e destaca a importância da troca de experiências nas atividades virtuais.

“Essa é uma iniciativa que dá oportunidade e proporciona a abertura dos caminhos. A gente vislumbra futuros e veredas a serem desvendadas. Os mistérios são revelados através de todo o conhecimento que a gente consegue captar durante as capacitações. A agricultura familiar precisa dessas capacitações, a gente precisa renovar os nossos conhecimentos, precisa compartilhar saberes, escambiar todas essas novidades e pensar num futuro brilhante para gente”, diz a agricultora.

Todo material didático utilizado na capacitação, incluindo as apresentações dos palestrantes, está disponível na “Biblioteca Temática Virtual do ArticulaFito”, na página do projeto no Facebook. Para acessar o material, basta clicar na opção “Grupos”, no menu superior da página, escolher o tema de interesse e clicar no material que deseja baixar.

Devido à procura pelo evento online, a coordenação do projeto anunciou que realizará capacitações continuadas. A próxima, sobre Cultivo de Plantas Medicinais em Sistemas Agroflorestais, está prevista para o final de novembro.

Projeto ArticulaFito

A oficina virtual de capacitação faz parte das atividades do Projeto Cadeias de Valor em Plantas Medicinais – ArticulaFito, que busca fortalecer a base produtiva de plantas medicinais no país. O projeto prevê a articulação dos segmentos envolvidos na produção dessas plantas, como órgãos e instituições de saúde e agricultura, de ensino, atores individuais, comitês e demais organizações sociais, passando por todos os elos das cadeias, desde a produção da matéria-prima até o consumo final.

“A ministra Tereza Cristina lançou, no ano passado, um programa que se chama Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, composto por eixos temáticos. Um deles é exatamente o de plantas medicinais, aromáticas, condimentares, azeites e chás especiais do Brasil. O ArticulaFito tem ajudado a trazer novas políticas públicas, por exemplo, o Pronaf Bioeconomia, lançado no último Plano Safra, que é uma linha de crédito que também prevê o financiamento de sistemas produtivos de plantas medicinais e de outras espécies da sociobiodiversidade. Portanto, este é um projeto de extrema importância para nós”, ressalta Marco Pavarino, coordenador-geral de Extrativismo.

Utilizando a metodologia Value-links B, que tem como premissa o respeito às especificidades culturais, manutenção da qualidade ambiental e sustentabilidade dos meios de vida das populações tradicionais, foram mapeadas as cadeias produtivas de 25 espécies de plantas medicinais de quatro biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas).

Engenheira agrônoma da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Tocantins (Seagro/TO) e articuladora local do projeto, Francisca Marta Barbosa, conta que o projeto possibilitou o mapeamento de quatro cadeias produtivas em plantas medicinais no estado: macaúba, babosa, hortelã e sucupira.

“Todas essas cadeias começaram a ser trabalhadas e começamos a definir alguns elementos e capacitações para tal. Então, foi a partir desse processo de mapeamento que se começou a discutir com as comunidades todo esse trabalho e que agora o ArticulaFito está capacitando baseado nessas demandas, como a questão do manejo, das boas práticas e da farmácia viva. O Tocantins e as nossas comunidades têm sido fortalecidos com essas capacitações e esse projeto de plantas medicinais”, ressalta a engenheira agrônoma.

O projeto estimula arranjos produtivos locais e ações voltadas à promoção da saúde, geração de emprego e renda, uso sustentável da biodiversidade, estruturação de mercados e a ampliação do acesso a plantas medicinais e fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS), reconhecendo o papel de protagonismo dos agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, extrativistas, povos indígenas e assentados da reforma agrária neste processo. O ArticulaFito é uma iniciativa do Mapa e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

 

Fonte – Mapa

Foto – Divulgação

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