Criada há quatro anos pelo brasileiro Helder Roger, a Organização Não-Governamental Winners Play for Life, ajuda 1.500 refugiados sírios que vivem em Majdal Anjar, na região do Vale do Bekaa, no Líbano. Do total de pessoas assistidas, 300 são crianças e jovens que, na ONG, têm acesso a diversas atividades educacionais, como aulas de inglês, e esportivas, sobretudo o futebol. Também recebem acompanhamento psicológico e assistência social.
De acordo com o conselheiro da Winners, Helder Cavalcanti, que é filho do pastor Helder Roger, a ONG surgiu a partir do objetivo do pai em criar uma atividade com “propósito”: “Ele quis preencher o seu trabalho com propósito. Se aposentou, foi viver no Líbano e atuar com refugiados. Ele foi justamente para um país que, proporcionalmente ao tamanho da sua população, recebe a maior quantidade de refugiados. E quando se apresenta o Brasil, quando se coloca a bandeira do nosso país lá na ONG, as coisas fluem naturalmente”, diz Cavalcanti.
De acordo com os dados do próprio conselheiro, que visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira na sexta-feira (04), 70% dos 2,5 milhões de refugiados sírios que vivem no Líbano são crianças de até 13 anos. “Nós assistimos os adultos também, mas é nas crianças que está o foco do projeto”, afirma. A ONG conta com 15 voluntários e sobrevive com doações de comida, alimento, equipamentos para a realização dos cursos, como uniformes de futebol, e com patrocínio.
A vice-presidente de Comunicação e Marketing da Câmara Árabe, Silvia Antibas, recebeu Cavalcanti, a conselheira de marketing da Winners, Celia Grace, e Roger Helder, que é fundador presidente da Winners, ao lado do presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi, na sede da instituição, em São Paulo. Ela observou o quanto o refúgio “afeta as pessoas”, afinal Roger não é árabe e se engajou em uma causa na região.
“É muito interessante ver a iniciativa de uma pessoa que não é árabe. Foi para o Líbano, foi morar lá, gostou e decidiu montar a ONG. É extremamente impactante uma pessoa que não tem ligações com o Líbano se engajar e ver como essa questão dos expatriados atinge a todos. Uma das nossas formas de ajudar é divulgar”, diz Silvia.
Fonte – Anba
Foto – Divulgação