Um dos maiores desafios na promoção de uma economia mais sustentável é apresentar alternativas que unam valorização da comunidade ribeirinha, conservação da floresta em pé e desenvolvimento econômico. Como uma alternativa para esse entrave, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) desenvolve projetos para incentivar a produção rural em comunidades no interior do Amazonas.
Entre essas ações, está o incentivo à produção de farinha da Amazônia, mais conhecida como farinha do uarini ou ouvinha, apoiando os produtores e agregando valor ao produto, como é o caso da Farinha Ribeirinha, que é produzida em comunidades dos municípios de Uarini e Alvarães, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá.
Para gerar destaque nacional à produção da farinha e em celebração ao mês do Meio Ambiente, a FAS, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Associação dos Moradores e Usuários da Reserva Mamirauá Antônio Martins (AMURMAM), está lançando a ‘Prova da Farinha Ribeirinha’, uma competição gastronômica, digital e aberta ao público em geral para escolher o melhor e mais criativo prato feito com farinha do uarini.
“A Prova da Farinha Ribeirinha vai ser realizada totalmente online e qualquer pessoa de qualquer parte do Brasil pode participar. Só não podem participar chefs profissionais de gastronomia. O concurso ocorrerá em três etapas: na primeira, os participantes inscrevem suas receitas com o uso da farinha ovinha no site da FAS. Na segunda etapa, 10 chefs de cozinha e que ganharam destaque preparando pratos com farinha avaliam as receitas inscritas e escolhem as 10 melhores, e mais criativas. Após essa etapa, as 10 pessoas escolhidas terão que fazer um vídeo preparando a receita. Esses vídeos serão divulgados no site e nas redes sociais da FAS, e o público escolherá os três classificados, por meio de votação popular”, disse o Gerente de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da FAS, Wildney Mourão, e um dos organizadores do concurso.
Os interessados podem se inscrever no site ou no link, a partir dessa terça-feira, dia 1º de junho. Os três ganhadores receberão premiações em dinheiro: o primeiro colocado ganhará R$ 1,5 mil, o segundo, R$ 1 mil e o terceiro ganhará R$ 500.
“Queremos incentivar e valorizar a farinha com esse concurso. Sabemos que muitas pessoas possuem receitas práticas e autorais com a farinha do Uarini. Por isso, queremos conhecer essas receitas e ainda ajudar a farinha da marca Ribeirinha a ganhar destaque nacional. Afinal, é uma farinha preparada seguindo os requisitos das melhores práticas de produção, envolvimento social, tem qualidade comprovada e segue conceitos da valorização de produtos tradicionais da Amazônia. Pois, possui o selo ‘Origens Brasil’ que garante que o cultivo e a fabricação de um produto têm origem florestal e respeita o meio ambiente, suas populações tradicionais e seus territórios”, comentou Wildney.
Os chefs que estão participando da competição e fazem parte da comissão julgadora são: o proprietário da Cachaçaria do Dedé e do restaurante Terra & Mar, Dedé Parente; Felipe Schaedler (do Restaurante Banzeiro), Thiago Santana (do Ferrugem Rock Gourmet), Debora Shornik (dos restaurantes Caxiri e Biatuwi Casa de Quinhapira), Elisângela Valle (do Tambaqui de Banda), Paulo Fortunato (do Fish Maria), Marcus Pompeu (Casa de Comidas Zuzu), a chef indígena Neurilene Cruz (restaurante Sumimi), a chef Teresa Corção (presidente do Instituto Maniva Ecochef e Embaixadora da Cozinha Brasileira no Senac Rj) e o chef Guga Rocha (que também é pesquisador, escritor e apresentador de TV).
Todas as informações e o regulamento da Prova da Farinha Ribeirinha estão disponíveis no site: https://fas-amazonia.org/farinha-ribeirinha/
Farinha Ribeirinha
Desde 2008, a FAS desenvolve projetos que apoiam a melhoria da cadeia produtiva da farinha entre os ribeirinhos, buscando inovação no processo de fabricação e na qualidade do produto, que beneficia mais de 1,8 mil pessoas em Unidades de Conservação (UC).
A farinha é empacotada pelos próprios comunitários e comercializada com o nome de “A Ribeirinha”, recebendo apoio técnico da FAS, com recursos do Fundo Amazônia/BNDES e do Ministério Público Federal do Amazonas.
Atualmente, o produto é comercializado em supermercados de Manaus e por meio do site da Americanas, com distribuição para todo país, através do projeto Jirau da Amazônia, canal de comercialização de produtos da floresta com toda venda revertida para os produtores ribeirinhos. Conheça.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação